Só informação confiável combate fake news e mídia hegemônica, adverte especialista em Comunicação
O mundo pós-internet pôs fim à circulação da informação de dupla direção (um emissor e um receptor). O livre intercâmbio de dados e a possibilidade de acesso e participação de todos nas plataformas digitais dão nova dimensão ao direito universal à informação. Mas essa liberdade midiática gerou de forma avassaladora uma nova pandemia: a pandemia da desinformação, de fake news e discursos de ódio. Por isso, profissionais da mídia e pessoas comuns precisam cada vez mais investir em informação confiável.
“Deixamos de receber informação de cima para baixo, deixamos de ser manipulados ou engessados por três canais de TV e cinco jornais. As mídias sociais democratizaram a informação em vários canais diferentes, então vamos investir na comunicação pública, popular, comunitária, reverter os desertos de notícia seja usando um canal do Youtube, o perfil do Facebook ou o Tik-tok”, cita Adriana Cristina Alves do Amaral, mestre e doutoranda em Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo.
Ela apontou a atual cheia no Rio Grande do Sul como exemplo de “ocupar espaços” fora da hegemonia das TVs e jornais oficiais. Vários influenciadores e pessoas da comunidade se utilizam de canais na internet para passar informações e mobilizar a sociedade em favor de ajuda e doações.
Com 40 anos de jornalismo, Adriana Maral atua tanto no jornalismo impresso quanto digital, na comunicação inclusiva e na questão de imigrações, entre outros. Falando na noite de 13 de maio na aula magna dos cursos EAD de Jornalismo, Produção Audiovisual, Comunicação Social e Redes Digitais, Adriana abordou o tema Comunicação, o papel das artes e cinema em tempos de sociedade do espetáculo.
Mesmo sendo entusiasta da nova era midiática e da Inteligência Artificial, Adriana Amaral mostrou-se favorável à regulamentação das mídias digitais como forma de trazer mais responsabilidade aos usuários. Se não houver regras de postagem para não-verdades, conteúdos preconceituosos e de ódio, isso se tornará um hábito, lamentou a especialista.
Acompanhe a íntegra da aula magna.
Texto: Malu Marcoccia
Última atualização: 15/05/2024