Ações sociais e educativas são valores essenciais de projetos de extensão
Evento integrante do Congresso Metodista 2020, o Seminário de Extensão reuniu em conferência virtual,docentes, estudantes e convidados na manhã de 21 de outubro para apresentação de diferentes projetos desenvolvidos pela universidade.
Com atuações voltadas à ação social, o Projeto Rondon e o Projeto Cinema, Educação e Literatura são coordenados na Metodista pelo professor Francisco Henrique da Costa, que fez breve relato ao público acadêmico.
Projeto Rondon
Criado em 1967 pelo governo federal e coordenado atualmente pelo Ministério da Defesa, o Projeto Rondon atende municípios carentes do País com objetivo de contribuir para o bem-estar social, qualidade de vida e desenvolvimento sustentável das comunidades. Para isso, em parceria com o Ministério da Educação, conta com universitários de diversas instituições que aplicam habilidades adquiridas nos cursos em atendimentos à população, por meio de ações educativas e intervenções sociais nas áreas de saúde, habitação, assistência social, esporte, empreendedorismo, geração de renda e outras.
Em 2006 foi feito acordo de cooperação entre o Instituto Projeto Rondon, instituições de ensino superior e órgãos públicos do Estado de São Paulo com os Ministérios da Defesa e da Educação para estabelecer o Projeto Rondon SP, que possui as mesmas premissas e objetivos do projeto em âmbito nacional, mas direciona as ações em cidades do interior paulista.
As duas frentes de ação do projeto acontecem anualmente em janeiro e julho e é no “braço” paulista que a Metodista tem participado atualmente.
“No Rondon nacional é feito um estudo sobre cidades com a possibilidade de receber o projeto e, a partir dos nomes das cidades, é feita uma investigação nos locais sobre a economia, educação, população, etc., e é elaborado um projeto para ser enviado para a (cidade) escolhida. No Rondon de São Paulo, nossa atuação inicia a partir de uma carta enviada pela prefeitura solicitando nossa presença e, então, formamos uma equipe que vai até a cidade fazer uma visita precursora. Verificamos quais são as demandas, necessidades que aquela cidade tem na área de educação, saúde, na gestão pública, entre outras. A partir das demandas, as universidades elaboram seus projetos e suas propostas de intervenção que são enviados para a prefeitura, que faz uma triagem dos projetos que serão realizados para a solução de situações e problemas detectados na viagem precursora”, explicou o professor Francisco.
Nas duas ações que ocorrem, uma no início e a outra no meio do ano, alunos e docentes da universidade atuam nas áreas de Saúde, Comunicação, Educação, Gestão, Direito e Engenharia.
“Temos um lema que é ‘integrar para não entregar’, porque a ideia é justamente sermos sempre um diferencial ao partilharmos o conhecimento universitário na prática em algumas cidades do interior de São Paulo”, contou o docente.
Em todas edições, estudantes dos cursos de Comunicação fazem gravações das atividades e as transformam em documentários, para registro da realização do projeto.
Confira os documentários das ações de janeiro e julho de 2019 que acontceram em Diadema e Itapeva:
Projeto Rondon SP - janeiro/2019.
Projeto Rondon SP - julho/2019.
Em razão do estado de isolamento social, devido à pandemia do coronavírus (Covid-19), a ação de julho de 2020 foi suspensa e por enquanto não há definição de novo período. Porém, de acordo com professor Francisco, a expectativa é que os projetos para 2021 ocorram, mesmo que necessário prorrogação de datas.
Cinema, Educação e Literatura
Vinculado ao Núcleo de Formação Cidadão da Metodista, o “Cinema, Educação e Literatura” é um projeto realizado em parceria com escolas públicas do Grande ABC e envolve alunos do Ensino Médio de tais escolas, com ações que buscam motivar estudantes da rede de ensino ao ingresso no Ensino Superior.
Em dois anos de existência, segundo professor Francisco Henrique, circularam pela universidade entre 1.300 e 1.500 alunos em cada ano.
“A ideia é criar um espaço na universidade para a gente refletir sobre que ideias ligadas â Literatura, Sociologia, Filosofia e Psicologia nos são transmitidas, mas sempre com a Literatura adaptada para o cinema”, esclareceu. “Todo início de ano nos reunimos com as direções das escolas parceiras e cada grupo de professores de cada série do Ensino Médio opta por uma obra literária, especialmente que possui adaptação cinematográfica, que será lida e trabalhada durante o ano com os alunos. Então, decidimos o momento em que eles, após o conteúdo trabalhado nas aulas, virão para a Metodista para assistir ao filme. Após o filme, acontece um debate mediado pelos próprios alunos”, completou.
Além de toda ação pedagógica, no momento em que os estudantes estão reunidos na universidade há uma palavra dos representantes da Diretoria de Extensão e Ações Comunitárias da Metodista sobre como é o ambiente universitário e também sobre as diversas modalidades de bolsas de estudo.
“O objetivo do projeto é resgatar a esperança, fortalecer o desejo do aluno que está na rede pública de ensino muitas vezes sem muita ou nenhuma expectativa de entrar em uma universidade. Há também uma palavra da equipe do Processo Seletivo que explica as diferentes possibilidades de ingresso”, afirmou o docente.
Além do diálogo, os estudantes são conduzidos em visita monitorada ao campus, onde conhecem a infraestrutura dos cursos. Após a realização do projeto, eles têm acesso,em dois dias da semana, à Biblioteca da Metodista para realizarem estudos e pesquisas utilizando o acervo e demais recursos, como internet.
“Assim, estimulamos os alunos a virem à universidade para utilizarem nosso acervo e com o ‘tour’ no dia da finalização do projeto e a frequência semanal, eles geram impressões que são compartilhadas com as famílias e pessoas de seus ciclos de vivência, além de irem se habituando com o ambiente”, concluiu.
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