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A violência se constitui em um fenômeno que reflete as formas de relação presentes na sociedade. Refere-se tanto a relações entre classes, como a relações interpessoais entre sujeitos, diante da ignorância dos direitos e liberdade do outro incidem na transformação deste em objeto. No âmbito da infância, a violência pode adquirir uma configuração na qual um adulto, aproveitando-se da diferença de idade, ignora o seu dever de proteção e disciplina, bem como os direitos da criança, e age ou se omite de forma a causar danos de qualquer natureza a esta criança. Os danos advindos desta vivência podem afetar o desenvolvimento da criança, gerando comprometimentos em sua saúde mental. Entendendo-se esta abrangência, e tomando-se por foco os aspectos psicológicos, torna-se relevante pensar na relação existente entre o fenômeno da violência doméstica e a presença de quadros depressivos que podem favorecer o surgimento de sintomas mais graves no decorrer da vida. Desta forma, diante de duas temáticas, violência doméstica e depressão, tão atuais e relevantes, histórica, social e culturalmente, que atingem e influenciam o desenvolvimento de crianças, este estudo tem por objetivo identificar e relacionar a ocorrência de violência doméstica e a presença de sintomatologia depressiva em crianças de escola pública de São Bernardo do Campo/SP. Contaremos com a participação de 300 crianças, de ambos os sexos e com idades variadas entre sete e dez anos, estudantes de escolas da rede pública de São Bernardo do Campo/SP. Os dados serão coletados a partir da aplicação coletiva do Inventário de Frases no Diagnóstico da Violência Doméstica contra crianças e adolescentes (IFVD) e do Inventário de Depressão Infantil (CDI). Em seguida, os resultados obtidos serão sistematizados e integrados para a realização de uma avaliação quantitativa e qualitativa satisfazendo os objetivos do presente estudo. Espera-se identificar e relacionar a ocorrência de violência doméstica e a presença de sintomatologia depressiva em crianças, possibilitando com isto a realização de um diagnóstico mais precoce e a implementação das medidas interventivas necessárias na área da saúde e da educação.

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