Quando não encontramos palavras
Muitas vezes as palavras não conseguem expressar tudo o que sentimos, e por isso, estamos sempre inventando palavras.
Felizmente os sentimentos podem ser expressos por outros meios. Em especial pelas expressões faciais. Por um sorriso, por exemplo.
Mas às vezes, é essa falta de palavras que me ocorre em alguns momentos, quando me deparo com o meu próprio sofrimento, ou o alheio.
Não consigo colocar em palavras a minha própria dor ou verbalizar algum conselho, ou mesmo estímulo, frente a algumas coisas que ouço.
Diante do desabafo de um amigo, às vezes a única coisa a oferecer é um silêncio solidário.
E quem já teve essa experiência sabe o quanto isso é valioso.
Quando Jesus foi visitar a família de Lázaro, quando ele morreu, frente à dor dos parentes, ele não disse: “calma pessoal. Já resolvo isso com o milagre mais fantástico que vocês já viram”.
Não, Jesus não disse isso, mas se comoveu e chorou, mesmo sabendo que em pouco tempo Lázaro estaria vivo novamente (João 11: 32-35).
O silêncio solitário de quem sofre pode ser transformado no silêncio solidário, quando se percebe que Jesus pode não estar diante de nós com efeitos cinematográficos, mas que, em silêncio, Ele chora a nossa dor, nossas esperanças frustradas, decepções amorosas, brigas familiares, ausência de objetivos claros na vida que são compreendidos por Ele.
Jesus compreende o Covid, o nosso confinamento, os nossos medos.
O silêncio de Deus entra na lista destas formas de expressão que não fazem uso das palavras.
Mesmo que Ele as dissesse, é provável que nós não as compreendêssemos.
Somente a confiança na presença e na compaixão de Deus pode transformar o silêncio solitário em um silêncio solidário.
E mesmo machucados e sentindo dor, saberemos que não estamos sós. Saberemos que estamos amparados silenciosamente pelo nosso Deus, pelo nosso Pai.
(Extraído parcialmente do site da Umbet – União Missionária Brasileira).
Que você neste dia sinta os braços de Deus envolvendo todo teu ser, cuidando de você e enxugando as suas lágrimas.
Orando por vocês.
Um beijo,
Professora Rosane da Silva Oliveira