Ser protagonista da própria carreira é estar à frente dos concorrentes, afirma ex-aluno de Gestão de RH
Conseguir bons cargos e ascensão profissional não é privilégio apenas de quem teve oportunidade de estudar em boas escolas ou conseguiu plano de carreira oferecido pelas empresas. A receita do bolo parece trivial, mas exige empenho: esforçar-se, buscar e criar oportunidades.
“Existe um conceito no mercado de que a empresa te forma. Muitas pessoas querem entrar em organizações que tenham plano de cargo, de salário, para onde ir e chegar. Dentro do RH falamos que isso é um erro porque a carreira quem constrói é você. Todos podem conseguir um emprego e fazer a própria trajetória. Eu sou o protagonista da minha carreira”, afirmou o ex-aluno de Gestão de Recursos Humanos da Metodista Felipe Borean, em palestra na noite de 24 de maio a alunos dos cursos tecnólogos de Gestão de RH, Marketing, Processos Gerenciais e Logística sobre Trajetória Profissional e Inserção ou Reinserção no Mercado de Trabalho.
No melhor estilo de orientador, ele definiu o mercado como um jogo. Para participar não se pode abrir mão do marketing pessoal, da veracidade, da negociação e adaptabilidade. O segredo é o comprometimento. “Por todas as empresas que passei, fui comprometido com meu trabalho. Também usei marketing pessoal, me postar e comunicar para chegar como gerente no lugar que estou hoje”.
Felipe iniciou em uma lavanderia de roupas e escalou por empresas como Volkswagen, Faurecia, Mahle e Valeo, onde assimilou conhecimentos em todas as subáreas de recursos humanos. Hoje ele atua como gerente de RH na holding CFL, empresa voltada ao agronegócio, colocando sua experiencia em uma gestão voltada à competência e a estratégias para tomadas de decisões.
Mercado pós-Covid
O mercado de trabalho pós-Covid é dividido em três: presencial, híbrido e home-office. Dependendo do formato escolhido, a diferença de salário para o mesmo cargo é grande. “Muitas pessoas ressignificaram o sentido de trabalho pós-Covid. Tenho conhecidos que recebem 50% menos em comparação a quando trabalhavam presencialmente, mas com qualidade de vida maior atualmente. Eu também repensei esses critérios, o equilíbrio é ideal para tudo”, pontuou.
Como gerente de RH, o ex-aluno da Universidade Metodista de São Paulo aconselha que é sempre necessário avaliar o cenário para onde se está indo. Pesquisar, observar, procurar por contatos e avaliar a situação das empresas é essencial. “Para toda empresa que você for, não tem como escapar da entrevista. É nela que você trabalha a imagem para o recrutador, que faz a leitura do cenário e entende como ele vai te receber e avaliar, ter essa noção é muito importante”, destacou.
A adaptabilidade também é importante em um mercado onde tudo é para ontem. “Hoje tenho no mercado pessoas que são de gerações passadas e pessoas da nova geração. Quando se encontram, existe um conflito. A gestão precisa se adaptar, porque é importante para você fazer a leitura de cenários, de pessoas”, disse, acrescentando: “A cada dia o mercado de trabalho exige cada vez mais relacionamento. Entender de pessoas é essencial, independente da área em que se atua.
“Foi a melhor aula de projeto de vida que já assisti”, definiu a coordenadora da graduação de Gestão de RH, professora Valéria Calipo.
Texto: Malu Marcoccia e Cindy Lima
Última atualização: 29/05/2023