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Semana do Serviço Social reflete sobre atuação profissional, trabalho intersetorial e instrumentos de ação

por Maria Luisa Marcoccia Última modificação 2024-05-20T16:00:48-03:00

O serviço social foi além da caridade, de apenas prestar ajuda, e trabalha agora no acolhimento dos cidadãos com aplicação dos seus direitos, sobretudo quando envolve violência. “Nosso olhar deve estar sempre atento no sentido da proteção, da promoção da dignidade, da autonomia, do protagonismo de que todos os cidadãos estejam munidos dos seus direitos para superação de todos os aspectos da violência”, destacou a pedagoga e conselheira tutelar em São Bernardo, Cibele Laurência, na Semana do Serviço Social promovida pela Educação Metodista a Distância de 14 a 16 de maio últimos.

Além de palestra com foco na violência sexual contra menores, os debates abordaram como o serviço social pode engajar-se em movimentos de organização popular e quais os instrumentos de trabalho da profissão.

Cibele Laurência mostrou como cresceu a violência sexual contra crianças e adolescentes, hoje predominantemente doméstica. Daí a necessidade da proteção, da escuta e acolhimento de forma intersetorial, com uma rede de apoio de serviços a esses menores. “A gente precisa estar todos alinhados numa engrenagem”, falou, dizendo que, de outra parte, profissionais do Direito vão se encarregar criminalmente de uma ocorrência.

Ela discorreu sobre leis e as várias manifestações da violência, entre as quais abandono, negligência e violência psicológica.

Participação popular

Na noite de 15 de maio, quando se celebra o Dia do Assistente Social, a exposição abordou como se tornar um líder comunitário ou um conselheiro municipal por meio de mobilização popular. A palestra foi conduzida por Ângela Alves Rocha, Mulher da Paz, especialista em políticas públicas e presidente do Instituto de Cidadania Mulheres da Paz.

Segundo Ângela, não é fácil, mas é prazeroso participar de espaços onde se consegue ter voz e se possa contribuir com políticas públicas, na fiscalização, formatação e execução dessas políticas. ”Somos resistentes, e essa profissão vem dentro do desafio de compreender a realidade dos indivíduos para contribuir com propostas de trabalho adequadas às necessidades”, citou, acrescentando que a participação cidadã pode se dar também em espaços de saúde, nas escolas e associações de bairros.

Instrumentos de trabalho do assistente social, como laudos, relatórios e perícias, foram detalhados na noite de 16 de maio por Janete Alves Gomes, assistente social na Prefeitura de Santo André, professora e perita judicial. Ela mostrou que a perícia social é atribuição privativa do assistente social e o quanto é necessário o registro técnico do assistente nos documentos. Também explicou que o serviço social possui Código de Ética, umas das poucas profissões que contam com esse instrumento.

Acompanhe a íntegra das aulas:

Serviço social e a rede de proteção ao combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes.

Serviço social, mobilização, organização popular e participação cidadã.

Instrumentos de trabalho do assistente social: estudo social, perícias, laudos, relatórios e parecer.

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Texto: Malu Marcoccia
Última atualização: 20/05/2024

 

 

 

 

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