Semana de Biomedicina destaca a importância das análises clínicas
Entre 70% e 80% de todos os diagnósticos e também das decisões de tratamento tomadas pelos médicos têm como base os resultados laboratoriais. “Olhem a importância das análises clínicas”, acentuou o biomédico, farmacêutico e bioquímico Gabriel Corteze Netto na noite de abertura da Semana da Biomedicina Metodista, em 4 de outubro. Ele destacou o papel e funcionamento dos laboratórios de análises clínicas e de anatomia patológica-citologia, que somam cerca de 22,5 mil no Brasil, mostrando a magnitude desse serviço na preservação da vida.
Gabriel Corteze participou da 21ª edição da Semana da Biomedicina para falar sobre “Plantões em análises clínicas: exames de urgência e emergência”, ao lado de Durval Rodrigues, diretor do Conselho Regional de Biomedicina, que discorreu sobre ”Estrutura, profissão e áreas de atuação do biomédico”. Também falou Dara Mesquita, cuja palestra versou sobre “Importância da microbiota intestinal no desenvolvimento de doenças mentais”.
Sobre exames de urgência-emergência em plantões, Corteze mostrou que ocorrem principalmente em hospitais e se dão sob regime de prontidão (nas dependências ou em local determinado pela empresa) e regime de sobreaviso, quando se aguarda o chamado em qualquer localidade, sempre fora do expediente normal. O atendimento em horário especial das 19h às 7h ocorre inclusive em fins de semana e depende do porte da instituição e serviços oferecidos, como UTI, centros obstétricos e pediátricos, nefrologia, número de leitos etc.
“Todo diagnóstico começa pela anamnese, passa pelos exames clínicos e laboratoriais, além de imagem. A importância dos resultados laboratoriais está em detectar doenças, confirmar diagnósticos, acompanhar as enfermidades e monitorar a eficácia da terapia”, descreveu.
31 habilitações
Durval Rodrigues, do Conselho Federal e Conselho Estadual de Biomedicina, encorajou sobre a diversidade de atuação profissional no mercado, com pelo menos 31 habilitações. São áreas que vão da patologia clínica à citologia oncótica, radiologia e informática da saúde até as duas mais recentes: clínicas de vacinação e PICS (Práticas Integrativas e Complementares de Saúde), onde se inserem acupuntura e fitoterapia, por exemplo.
O dirigente também falou sobre a obtenção da habilitação, que se dá pela graduação, na pós, residência biomédica, residência profissional e multiprofissional e também com título de especialista. “Neste último caso, trata-se de uma capacitação de até oito meses mais acessível que uma pós-graduação”, mostrou, ao falar também das atribuições de cada instância profissional: Conselho, Associação e Sindicato.
Profissão relativamente nova no Brasil, regulamentada em 1979, a Biomedicina soma hoje cerca de 100 mil formados, diante de 500 mil médicos e 2,5 milhões de enfermeiros. A abertura do evento contou com a coordenadora do curso, professora Juliana Pariz, e foi conduzida pelos alunos do Centro Acadêmico. Acompanhe a programação da 21ª Semana da Biomedicina da Universidade Metodista de São Paulo e participe.
Leia também: Mais do que beleza, biomédico estético deve favorecer a saúde do paciente, diz especialista