Saúde mental ainda é um desafio no Brasil, alerta professora de Psicologia no Dia da Luta Antimanicomial
Mesmo com a lei nº 10.216 de 2001, que aboliu os manicômios e prevê tratamento mais humanizado para transtornos mentais no Brasil, os equipamentos não cresceram na mesma proporção das demandas de pacientes. “Hoje temos clínicas particulares clandestinas que viraram mini manicômios”, alertou prof. Samanta Pugliesi, do curso de Psicologia da Universidade Metodista de São Paulo, ao falar na TV Repórter Diário sobre o Dia da Luta Antimanicomial, celebrado em 18 de maio.
Segundo a docente, que é especialista em psicologia clínica hospitalar e em saúde mental, existem as chamadas residências terapêuticas, que atuam como suporte dentro da rede oficial de saúde, mas que não há fiscalização adequada para todas. O novo sistema prevê três tipos de CAPS (Centro de Atenção Psicossocial): I direcionado a crianças e adolescentes; II, para transtornos devido a uso e dependência de substâncias psicoativas; III, com unidades 24h que acolhem e promovem a reinserção de pacientes mentais graves.
Samanta Pugliesi explicou que, além do tratamento medicamentoso, são necessárias a ampliação da rede de apoio de atendimento, criação de políticas públicas, reabilitação psicossocial e criação de espaços de convivência.
Acompanhe a íntegra da entrevista.
Texto: Malu Marcoccia
Última atualização: 22/05/2023