Prof. Paganotti alerta na Folha de S.Paulo que censura a fake news pode se tornar jurisprudência
As tentativas do Tribunal Superior Eleitoral de remover unilateralmente conteúdos fake na reta final das eleições de 2022 foram dribladas com ironia, narrativa de censura e até com mais afirmações falsas, mostra reportagem da Folha de São Paulo com participação do professor Ivan Paganotti, do Mestrado-Doutorado da Universidade Metodista de São Paulo.
Postagens com o falso aviso "comentário removido TSE" ou “não podemos dizer isso por ordem do TSE” também se proliferaram — o site Aos Fatos identificou mais de 140. Em paralelo, conteúdos que já tinham sido derrubados pelo TSE continuaram a circular em outro formato, com manifestações sobre a remoção da informação, conforme mostra a reportagem de 29 de outubro último.
Prof. Paganotti alerta para o risco gerado pelas restrições judiciais à liberdade de expressão, na medida em que na próxima eleição a presidência do Tribunal pode ficar com um dos ministros nomeados pelo atual presidente Jair Bolsonaro. "Depois que abre a caixa de pandora (censura)... a jurisprudência que vai ficar é essa", afirmou. Ele defende ações dissuasivas como direito de resposta, checagem das informações e manifestação do outro lado diante de fake news.
Professor Paganotti também falou em 24 de outubro ao podcast Vozearia, que foca em pesquisas e profissionais de jornalismo, sobre se regulação da mídia representa censura, além de ensinar a identificar notícias falsas.
Outras participações sobre o tema ocorreram em reportagens do portal Terra e no site Público de Portugal.
Leia a íntegra da matéria na Folha de São Paulo.
Acompanhe o podcast Vozearia.
Texto: Malu Marcoccia
Última atualização: 31/10/2022