Prof. Ivan defende na Exame.com educação midiática para combater notícias falsas
A educação midiática é um avanço tímido diante da velocidade com que a desinformação se espalha. “Mas é da lógica do jogo: é uma estratégia de longo prazo, vai demandar uma consolidação de geração para geração”, afirma professor Ivan Paganotti, do Mestrado-Doutorado em Comunicação Social da Metodista, ao comentar sobre a quem cabe regular o conteúdo da internet, se ao legislador ou às plataformas virtuais.
Professor Ivan falou ao portal Exame.com sobre a recente Medida Provisória do presidente Jair Bolsonaro tentando proibir redes sociais de retirarem posts do ar, mas que acabou devolvida ao Planalto. Segundo o docente da Universidade Metodista de São Paulo, é crucial que haja amplo debate com a sociedade antes de qualquer iniciativa, inclusive em âmbito mundial.
“Vimos uma série de leis para combater fake news que são basicamente um kit censura — muito conveniente para atores políticos que querem ter controle maior sobre as críticas que circulam no espaço público. As fake news circulam muito mais rápido do que a capacidade das plataformas ou da Justiça de responder", afirmou.
De qualquer forma, a reação à MP do Planalto seria um avanço, a seu ver, pois demonstra preocupação coletiva de que é preciso analisar antes o que vai ser compartilhado. “Hoje há essa percepção de que precisamos saber como funcionam os meios de comunicação para consumir mídia de forma mais crítica”, considera.
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