Prof. de Ciências da Religião, Jung Mo Sung fala à Agência Brasil sobre 60 anos da imigração coreana
Integrante do grupo de docentes mais antigos da Universidade Metodista de São Paulo, prof. Jung Mo Sung é personagem na matéria da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação) sobre 60 anos da imigração coreana no País. Desse período, prof. Jung soma 57 de vivência no Brasil, onde chegou aos 8 anos de idade com mãe e três irmãos fugidos da então guerra na Coreia. Na Metodista, atua nos cursos de Teologia e Mestrado-Doutorado de Ciências da Religião.
“...a migração marca muito. É tudo diferente. Para se comer no Brasil, você enche a boca, espera, termina de mastigar e depois coloca outro pedaço. Na cultura coreana, você coloca arroz, depois você começa a colocar várias misturas e junta na boca e mastiga. O coreano, quando já tem a boca cheia de comida, vai colocando mais comida. Então, até a noção do que é ser educado é uma confusão. Lá eu era visto como uma pessoa educada, que come bem, direitinho. Mas aqui, no Brasil, estava totalmente errado. Então se cria uma crise de identidade, vamos dizer assim”, afirmou prof. Jung Mo Sung à Agência Brasil, canal de comunicação do governo federal.
A reportagem destaca os esforços dos imigrantes para vencer língua e cultura tão diversas e num período excepcional no Brasil, de ditadura militar. Também o Brasil vivenciava transição demográfica e econômica, da atividade rural para a urbana. Em vez de cultivar terras, os coreanos se estabeleceram em São Paulo no ramo de confecção no Bom Retiro, já que a maioria era bem escolarizada.
“Quando voltei para a Coreia pela primeira vez, para participar de um congresso, chegando lá eu falei: ‘aqui é meu lugar’. Três dias depois, queria voltar para casa porque a cultura lá é completamente diferente. Mas, quando volto para cá, aqui também não é a minha casa porque sou estrangeiro aqui”, relata prof. Jung.
Leia a íntegra da reportagem Não sou de lá nem daqui.