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Perito monta perfis psicológicos para auxiliar juízes, mostra especialista

por Maria Luisa Marcoccia Última modificação 2021-05-07T12:56:20-03:00

A perícia psicológica auxilia o juiz com dados técnicos, apoiando-o com o máximo de informações na decisão de um julgamento. É muito utilizada em situações em que há conflito de interesses das partes, quando o psicólogo busca analisar e minimizar justamente as emoções pessoais que envolvem uma disputa na Justiça.

“Muitas vezes as partes não dizem o que realmente acontece. Fazemos então entrevistas com uma bateria de perguntas e testes para, com os dados coletados, preparar um parecer. É importante dizer que não se trata de um aconselhamento ao juiz, mas de análise dos fatos para que ele possa ver o caso de modo mais neutro”, explicou a perita psicóloga em varas familiares e professora da Universidade Metodista de São Paulo Renata Cardillo Homem de Mello, que falou aos alunos do curso de Direito na noite de 6 de maio último.

Alienação

Além de vistorias e entrevistas, até conversas em redes sociais ou aplicativos como Whatsapp podem ser avaliados numa investigação psicológica sobre perfis emocionais das partes litigantes. Em casos familiares de guarda compartilhada de uma criança, segundo a especialista, uma alienação parental pode ser caracterizada se quem tem a guarda proíbe a outra do direito a visitas, por exemplo. E alienação parental é extensiva a toda a família, como tios e avós que praticam alguma privação ou abuso em crianças, explicou a palestrante.

“Os adultos não conseguem separar o litígio entre eles da proteção dos filhos”, lamentou a professora Claudete de Souza, que conduziu o encontro dentro da programação "Professor Convida" do curso de Direito.

Além de docente universitária, Renata de Mello atua em desenvolvimento de performance individual e organizacional, e em atendimentos de crianças e adultos com traumas e transtornos psiquiátricos e distúrbios de aprendizagens relativos as emoções.

Na palestra sobre "A perícia psicológica em varas familiares", ela discorreu sobre como atuam e a diferença entre peritos psicológicos, forenses e assistentes sociais, quem pode exercer a profissão e os requisitos técnicos que cada especialista deve seguir em seus pareceres. Esclareceu que toda perícia deve ser feita mediante requisição formal, ou seja, é sempre função do juiz determinar ou não a realização de uma perícia.

Acompanhe a íntegra do encontro.

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