Oficina de Pais e Filhos atende casais em situação de divórcio ou separados
A Oficina de Pais e Filhos, uma parceria do curso de Direito com a Justiça por meio do Cejusc (Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania), recepcionou no último 21 de junho, na Universidade Metodista de São Paulo, 5 casais em situação de divórcio ou separação.
“A parceria entre Cejusc SBC e a Metodista para a realização das Oficinas de Pais e Filhos é a única da região. Inclui a realização trimestral das oficinas e do estágio dos alunos no Cejusc SBC”, comenta a professora do curso de Direito, Claudete de Souza.
O objetivo é alcançar um convívio pacífico em favor sobretudo das crianças e adolescentes. “A oficina destina-se a famílias nas quais a parentalidade em relação aos filhos menores está dissociada da conjugalidade, seja porque foi dissolvida ou nunca estabelecida”, pontua a professora.
Sobre a Oficina
Quem faz o encaminhamento das famílias é o Juiz da Vara familiar da Comarca. As oficinas buscam por meio de vídeos, palestras e reflexões desenvolver um programa educativo, mostrando a importância de um relacionamento harmonioso pós-união e mostrar o impacto da separação na vida dos filhos.
O projeto normalmente trabalha com quatro salas, de forma a respeitar a individualidade de cada um. Crianças e adolescentes, de 6 a 17 anos, possuem acesso à informação que respeitem a faixa etária. Os pais ficam em salas diferentes.
“Como está dentro de um processo de mediação, usamos muito a empatia. Abrimos muito para diálogo, queremos chegar até o público. Não é um espaço para discussão sobre os casos, mas de cuidado com a família que permanece”, comenta Suzana Carvalho, oficineira há 10 anos.
Segundo Suzana, não apenas ela, mas colegas oficineiros percebem que ao finalizarem as oficinas, as famílias que participaram se permitiram abrir os olhos para as outras realidades. “A oficina tem uma parte importante dentro da pacificação de conflitos. A professora Vanessa, que criou tudo isso, trouxe as ideias pacíficas de Ghandi, então falamos de comunicação não violenta e ferramentas que a sociedade está começando a ver agora, com material muito rico. É muito além do conflito em si”, fala.