Não há nada de novo neste mundo
“O que foi, será novamente, o que aconteceu acontecerá de novo. Não há nada de novo neste mundo.”
Eclesiastes 1:9 - MSG
Um rei sábio no meio do seu povo, chega à conclusão que não havia nada de novo naquele mundo.
Salomão, embora possuidor de muitas riquezas e prestígios, reconhece que a vaidade de ter para ser, no final das contas não importava muito.
Pois a aparência por si é enganosa ou muitas vezes não corresponde à expectativa gerada a partir dela.
Em meio à ansiedade da vida e questionamentos a si, Salomão chega a conclusão: “Não há nada de novo neste mundo”.
Não há nada no mundo que não seja uma contínua repetição das mesmas coisas.
A natureza e seu curso diante dos acontecimentos, bem como as pessoas e sua disposição, são e serão sempre um movimento repetitivo.
A busca constante pela “felicidade” se torna inútil no presente ou para um futuro, porque sempre estamos insatisfeitos.
Assim segue o rei em sua narração de descontentamento diante do que esperava da sua vida e o que se tem diante dos seus olhos.
Seria o padrão do rei alto demais? Esperaria demais da vida, das pessoas e da natureza?
Nas perguntas que o próprio Salomão não encontra respostas, depositamos muitas vezes nossas grandes inquietações.
O que ele aprende com este mundo que não apresenta nada de novo é que talvez sua esperança estivesse em coisas erradas.
De fato, nunca estaremos satisfeitos e sempre haverá algo a reclamar, murmurar, lamentar, tentar refazer e continuar.
A vida é um constante ciclo repetitivo.
Há 100 anos atrás houve uma pandemia semelhante a que vivemos hoje, mas como poucos dos que vivem hoje passaram por ela, nunca acreditamos que poderia chegar de novo até nós.
Ou talvez porque nos sentimos em lugar de privilégio onde nada nos alcança.
Mas quando nos deparamos com as dificuldades da vida, logo repensamos nossos objetivos e prioridades.
No final das contas, somamos nossas vozes com a do rei Salomão: “vai geração, vem geração e a terra permanece para sempre”. Eclesiastes 1:4
Quando comparada à vaidade da vida a criação parece eterna, e apesar de todas as coisas no mundo serem mutáveis, somente Deus é eterno e imutável.
Por isso, é possível revermos nossos conceitos, nos arrependermos de nossos erros, de nosso racismo e preconceito.
É possível repensarmos a vida e recomeçar de onde erramos.
Discernir como cada situação deve ser administrada, organizada e sentida. É possível olhar para a criação como parte necessária em nosso mundo.
Deus, que é amor, nos dá a possibilidade em Cristo de nos achegarmos a Ele, e consequentemente uns aos outros.
Se por um lado não há nada de novo neste mundo, por outro, em Deus, podemos fazer algo novo e nos tornar parte desta transformação do mundo ao nosso redor.
Que tal começarmos pelo amor?
Deus te abençoe!
Um grande abraço!
Reverenda Fabiana de Oliveira Ferreira
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