Metodista apoia programa Helipa na Ciência de jovens de Heliópolis
Transmitido direto dos estúdios da Rádio Heliópolis, no coração da maior favela de São Paulo, estreou na terça-feira (11/10) o Helipa na Ciência, série de seis programas sobre diversos temas do mundo da ciência. A iniciativa tem suporte do Programa de Pós-graduação em Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo e o tema de abertura abordou a formação de "cientistas das quebradas".
Os âncoras do programa são os jovens universitários Sabrina Oliveira e Moroni Henrique, moradores de Heliópolis e pesquisadores do Observatório De Olho na Quebrada, outro apoiador do projeto. O Helipa na Ciência vai ao ar pela Rádio Heliópolis, 87,5 FM. Moram hoje na comunidade mais de 200 mil pessoas.
Para a professora e pesquisadora da Metodista Cilene Victor, a produção de conhecimento científico exige diálogo horizontal e participativo entre vários territórios. “A ciência que produzimos na universidade brasileira tem de materializar, valorizar e contemplar os traços e as demandas dos territórios periféricos. Por isso, essa universidade precisa ser inclusiva e plural, abrindo passagem para jovens das periferias”, explica.
Vinte jovens de Heliópolis que integram o Observatório De Olho na Quebrada foram treinados em oficinas de jornalismo científico, locução, podcast, captação e edição de vídeo, bem como produção de boletins. Além de Cilene Victor, participaram da capacitação os também docentes da PósCOM da Metodista Filomena Salemme e Roberto Chiachiri, diretor da Cátedra Unesco-Umesp de Comunicação para o Desenvolvimento Regional.
Texto: Malu Marcoccia
Última atualização: 11/10/2022