Mesmo podendo exercer vários papéis, mulher ainda encontra barreiras, mostra palestra de Gestão de Pessoas

Não é só no trabalho que a mulher encontra ambiente geralmente discriminatório em relação a salários e oportunidades de ascensão profissional. Já nos relacionamentos conjugais ela chega em papéis e condições diferentes, geralmente assumindo a maior carga das tarefas domésticas e da educação dos filhos.

“Mesmo com movimentos feministas de séculos passados, ainda há desigualdade de gênero que impede a valorização da mulher com impedimentos reais e não-verbais, implícitos. São tradições e normas culturais, religiosas e econômicas que mantêm a sociedade ainda na condição patriarcal”, expôs professora Andreia da Fonseca Araújo em palestra sobre A Diversidade Feminina e as Várias Possibilidades de Ser Mulher, em comemoração ao Dia das Mulheres celebrado em março.

O próprio título do evento incentivou discussões sobre as possibilidades infinitas de ser mulher na atualidade, seja pelos direitos adquiridos ao longo dos anos seja pela pluralidade de atuações no lar, na sociedade, na política e no trabalho - o chamado empoderamento feminino. Mas as barreiras continuam a se impor, como as cotas para participação em eleições e Delegacias da Mulher fechadas no período noturno.

“Os homens ainda não sabem lidar com mulheres fortes. Ou se acomodam à sombra delas ou simplesmente não as aceitam. E mesmo as mulheres, em algum grau, não conseguem aderir a todos os novos conceitos e possibilidades oferecidas porque é tudo muito novo. Somente em 2015 tivemos a implantação da Lei do Feminicídio, que passou a punir a violência pela simples condição de ela ser mulher”, falou prof. Andréia.

A palestra foi promovida na tarde de 27 de março pela Coordenação de Gestão de Pessoas e pela Pós-graduação em Psicologia da Saúde.

Acompanhe a íntegra do evento.

Texto: Malu Marcoccia
Última atualização: 30/03/2024