Inclusão escolar entre temas de TCCs de Pedagogia EAD. Participe!
Estudantes do 8º período do curso de Pedagogia da Educação Metodista a Distância apresentarão em 2 de dezembro próximo, quarta-feira, seus Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) com link aberto a todos os interessados. A apresentação está programada para às 19h e a participação confere certificado.
Entre as temáticas em discussão, a aluna Lucimar Eliane de Azevedo de Carvalho vai apresentar o conceito de Equidade Aplicado à Educação. Acompanhe seu depoimento sobre a falta de “alma da inclusão”, em contraposição às leis que garantem esse direito:
“Há muito ouvimos falar sobre esta palavra: INCLUSÃO. Algo que vai dar oportunidade na escola a qualquer um que tiver uma necessidade específica. A palavra inclusão escolar é acolher todas as pessoas no ensino sem distinção de cor, classe social e condições físicas, mas o que podemos observar quando chegamos bem perto dessa inclusão é que tem leis que ampara, tem apoio da sociedade, porém lhe falta algo que é muito mais que tudo que está nos papéis redigidos em forma de leis.
Falta alma. Isso mesmo: na inclusão falta alma, pois ela é cheia de leis que dão direitos a esta inclusão, mas pessoas que podem fazer com que ela realmente funcione não têm alma inclusiva, pois está impregnada no cotidiano uma palavra que desvirtua totalmente esta inclusão, que é a palavra igualdade. Uma palavra tão bonita e muito usada, mas que desvirtua totalmente a inclusão necessária, não só nas escolas, mas em tudo que nos rodeia em nome dessa igualdade. Pessoas com necessidades específicas têm as mesmas oportunidades que todos, mas como podem ter as mesmas oportunidades se já vêm de uma situação de desigualdade. Como podemos fazer o desigual ficar igual com a igualdade? Na verdade, não podemos, pois a pessoa com necessidades específicas sempre estará em desvantagem nesta igualdade.
Agora vamos falar da alma da inclusão escolar ou de qualquer outra inclusão à nossa volta: esta alma se chama EQUIDADE. Ela não quer fazer com que o indivíduo seja igual, e sim que tenha condições justas, pois cada um tem necessidades específicas que precisam ser levadas em conta, tanto no ambiente escolar como em qualquer outro ambiente. A escola precisa entender que o cadeirante, para poder andar com sua cadeira de rodas com equidade na escola, precisa de uma rampa e que ela seja coberta para que ele possa acessá-la sempre que precisar. Isso não é igualdade, pois este indivíduo sempre estará em condições desiguais. O aluno que tem dificuldades de aprendizagem não pode ser visto como igual, aquele que tem necessidades de comunicação.
A equidade é a alma da inclusão em qualquer área escolar ou não, pois ela trata o indivíduo no individual e procura olhar para ele como ser único e com necessidades que são só dele, pois ele é uma pessoa única e para ser ajudado precisa ser olhado desta forma. Porque a equidade é a alma da inclusão.
Segundo o dicionário Michaelis, a palavra equidade pode ser definida como justiça natural, disposição para reconhecer imparcialmente o direito de cada um. Em resumo, significa reconhecer que todos precisam de atenção, mas não necessariamente dos mesmos atendimentos. Esta é a alma ou não da inclusão, seja escolar ou global”.
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