Farmacêutico deve transmitir informação correta ao paciente, diz palestrante na Semana da Farmácia
Num período de pandemia persistente como a atual, em que um único vírus resiste e multiplica-se em variantes, o profissional farmacêutico tem o dever de transmitir informações corretas.
“A partir do momento em que passamos no vestibular de Farmácia, seremos consultados durante toda a vida sobre qual o melhor tratamento ou remédio para determinada enfermidade. É importante que tenhamos conhecimento para recusar a desinformação e saber interpretar e explicar temas de saúde”, enfatizou Dayana Alencar, especialista em farmacologia clínica e com atuação em Gestão da Saúde, que participou da Semana da Farmácia 2021 da Metodista na noite de 21 de setembro para falar sobre Farmácia Hospitalar.
Ela alertou para a profusão de fake news sobre a Covid-19 no Brasil, um dos maiores usuários de redes sociais no mundo e, portanto, com população vulnerável às informações falsas. Mostrou pesquisa do início da pandemia, em março de 2020, quando nada menos que 65% das mensagens virtuais versavam sobre métodos caseiros para prevenir o contágio. Entre as mentiras elencadas pela Fiocruz em outro levantamento, as principais preconizavam água fervida com alho para a cura e que o vírus morre se exposto a temperaturas de 26o. “Tem milhares de perfis falsos por aí. Por isso, cuidado com as consultas”, advertiu.
Dayana Alencar mostrou como atua o farmacêutico hospitalar e nas redes de segurança, podendo exercer atividades desde o almoxarifado ou na farmácia central e nas satélites, passando pelas unidades de oncologia, centro cirúrgico e UTI, entre outros. “É importante ele entender que faz parte de uma equipe multidisciplinar, que precisa interagir com médico, nutricionista, fisioterapeuta e até o administrativo. É um profissional que deve ser adepto do diálogo”, definiu.
Farmacêutico clínico
Outra palestrante da noite foi a professora Maristela Carvalho, especialista em aferição farmacêutica e que falou sobre Farmácia Clínica. Ela resumiu o papel do farmacêutico clínico como o profissional que dispensa o medicamento certo, na hora certa e para o paciente certo. “Ele deve estar apto a identificar sinais e sintomas de doenças para implementar a terapia adequada com medicamentos. Isso pode ser feito até pelo farmacêutico de drogaria, que pode consultar especialistas pela internet ou seu grupo de relacionamentos”, afirmou.
O objetivo dos remédios é conseguir o melhor resultado possível para um paciente. Mas a docente explicou que entre um receituário médico e o efeito do medicamento há um lapso chamado “processo de uso do medicamento”. É onde o farmacêutico atua verificando dosagem correta, se há duplicidade de remédios para um paciente que faz outros tratamentos, como esses remédios interagem, o uso correto pelo paciente e sua adesão, entre outros passos.
Acompanhe aqui a íntegra das palestras “Farmácia hospitalar – lidando com o uso indevido de medicamentos, eficácia não comprovada e efeitos colaterais”, com Dayana Alencar, e “Farmácia clínica – mitos e verdades”, com Maristela Carvalho.
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