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Fake news se combate com investigação da origem, alertam especialistas na Semana da Farmácia

por Maria Luisa Marcoccia Última modificação 2021-09-28T10:00:48-03:00

Investigar a origem da informação. Esse é o passo número 1 para impedir o consumo e a disseminação de notícias falsas, as conhecidas fake news, sobretudo em se tratando de informações sobre saúde. “Uma área tão essencial como a saúde precisa de profissionais com postura crítica. Com a necessidade de ser uma referência ou um influenciador no seu meio, as redes sociais estimulam as pessoas a compartilhar muito rapidamente uma informação”, advertiu a jornalista Edna Pereira, mestre e pesquisadora sobre o tema da desinformação.

Edna Pereira falou ao lado do coordenador do curso de Jornalismo da Metodista, prof. Eduardo Grossi, em palestra inaugural da Semana da Farmácia 2021 na noite de 20 de setembro último. Ambos alertaram para os perigos da disseminação de boatos e mentiras e o enquadramento pelo Código Penal em crimes de calúnia, difamação e injúria, com penas de 6 meses a 2 anos detenção, inclusive para quem curte ou compartilha.

“Geralmente os disseminadores têm qualidade, começam com um tema verdadeiro, inserem uma mentira e retomam o assunto principal. Desconfie quando uma informação vem com palavras como urgente, repasse, leia esta mensagem”, alertou professor Grossi, que fez um histórico da origem das informações falsas desde fins do século 19, mas que ganharam notoriedade com a eleição de Donald Trump nos EUA em 2016. Vieram à tona sites de conteúdo duvidoso e sensacionalista, sobretudo envolvendo a adversária Hillary Clinton.

Deep web

O docente mostrou ser difícil identificar e punir grupos e empresas que espalham informações falsas ou mal apuradas com interesse em difamar alguém, porque geralmente esses grupos atuam na deep web. Trata-se de uma parte da rede mundial que não é indexada pelos mecanismos de buscas e onde um único bot (robô) é capaz de multiplicar links falsos a cada dois segundos.

Edna Pereira chamou de notícia-Frankstein as informações que chegam de forma duvidosa pelas redes sociais e deixam os usuários vulneráveis. “Tem um pouco de notícia verdadeira junto a informação manipulada, mais uma pitada de exagero e aí a pessoa não se segura no momento de compartilhar”, discorreu, defendendo que professores chamem a atenção dos alunos desde os primeiros ambientes escolares.

Professor Grossi enfatizou que cada pessoa deve fazer a sua parte. Algumas orientações são desconfiar se a informação não veio de grandes veículos de notícias, pesquisar o tema em outros canais do Google ou no site dos governos e das empresas mencionadas, verificar em agências de fact-checking, que averiguam a veracidade de uma mensagem ou notícia.

Carreira promissora

Também na abertura da Semana da Farmácia 2021 falou a pesquisadora clínica Mirian Pessoto Rosa. Ela expôs as várias possibilidades profissionais do farmacêutico, desde atuar em tecnologia forense, com marketing, na indústria ou farmácia e mesmo como professor e pesquisador.

Acompanhe aqui a íntegra das palestras sobre “A busca pela verdade em um mundo de fake news”, “Carreira farmacêutica, como as fake news influenciam a decisão profissional” e “Carreira para o farmacêutico, um mundo de possibilidades”.

Veja a programação da Semana da Farmácia 2021 e participe!

Assista a todos os eventos da Semana da Farmácia 2021 na página do youtube do Centro Acadêmico.

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