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Fake news não deve ser combatida com censura, diz prof. Paganotti à Folha de São Paulo

por Maria Luisa Marcoccia Última modificação 2022-10-13T18:10:29-03:00

Discordando do Supremo Tribunal Federal (STF) que neste mês retirou da mídia conteúdos considerados falsos sobre o candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva, professor Ivan Paganotti entende que desinformação e mentiras devem ser combatidas com instrumentos da própria imprensa profissional: verificação da verdade ouvindo o lado afetado, declarações oficiais e contestação da fake news em outros veículos de comunicação.

Com a censura do Tribunal, segundo ele, dá-se munição ao outro candidato, Jair Bolsonaro. "Parece uma armadilha que foi construída, e muitos estão caindo nela como patos", afirmou o professor de Pós-graduação em Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo em entrevista à Folha de São Paulo da última terça-feira, 11/10.

Educar para não enganar

Co-criador do curso online Vaza, Falsiane!, um hub de educação midiática que atua no combate à desinformação, prof. Paganotti também palestrou sobre o tema a funcionários do STF falando de “Educação midiática, comunicação não violenta e o papel das instituições”.

Segundo ele, é importante construir diálogo por meio da empatia e saber lidar com informações falsas para interagir com pessoas que são enganadas. “A abordagem deve ser amistosa, não imperativa e direta, para que o responsável pela mensagem não se sinta acuado e possa reagir à sugestão de checar o conteúdo e a veracidade das informações que propaga”, afirma. A palestra foi replicada depois na TV Justiça.

Acompanhe a entrevista à Folha de São Paulo.

Veja como foi a palestra no STF.

 

Texto: Malu Marcoccia
Última atualização: 11/10/2022

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