Ex-aluno ingressa com 2ª melhor nota no mestrado em Comunicação em Portugal
A vontade de se profissionalizar no exterior bateu em 2016, quando Lucas de Freitas realizava intercâmbio pela Universidade Metodista de São Paulo em Portugal, na Universidade de Coimbra. Era seu ano de graduação no curso de Rádio, TV e Internet e havia ganho uma bolsa no Programa Ibero-americano Santander-Metodista.
“Mas era um sonho distante, algo como um dia vou fazer isso e internacionalizar minha carreira", diz Lucas, que não esperou tanto assim: aos 24 anos de idade, ele acaba de ser aprovado no Mestrado em Ciências da Comunicação da Universidade do Minho na 2ª posição, obtendo não só a 2ª melhor nota histórica entre estudantes internacionais, como a 4ª melhor nota histórica geral do curso. Ele vai iniciar uma especialização em Publicidade e Relações Públicas dentro de sua linha de pesquisa.
Lucas foi admitido com nota 69 em escala de 0 a 100, que traz exigências como outras formações relevantes e com boas médias, currículo detalhado e completo incluindo informações de trabalhos acadêmicos, ter lecionado alguma aula ou palestrado em algum congresso, além de todos os documentos acadêmicos autenticados pelo Apostilamento de Haia (sem o qual a reprovação é imediata).
“Já sou bacharel em Rádio e TV pela Metodista e MBA em Marketing e Comunicação Digital pela ESPM, que me abriu outro campo de visão profissional. Agora sinto necessidade de me especializar, sobretudo para quando estivermos no mundo pós-Covid. Sinto que o mercado está abalado, precisa reaprender a lidar com o novo normal e os profissionais precisam se atualizar”, considera o ex-aluno de Comunicação da Metodista.
Lucas, aliás, fez uma carreira meteórica para a pouca idade. Antes mesmo de se formar na Umesp, atuou em 2013 na webTV do ABCD Jornal, em 2015 foi estagiário de Marketing na Pés Sem Dor, em 2016 foi fotógrafo na QuebraTour (Portugal) enquanto fazia intercâmbio em Coimbra, em 2016 retornou ao Brasil como assessor de imprensa da Pés Sem Dor, onde cresceu e tornou-se gerente de Marketing em 2019. De lá para cá assumiu como head de Marketing Digital e Comunicação do Grupo Officilab, maior rede de farmácias de manipulação do Rio de Janeiro, que engloba as empresas Officilab, Dermatus e Healthline.
“Quando veio a pandemia, em março, me deparei com um cenário trágico para os mercados de comunicação e marketing no Brasil. Felizmente não tive meu trabalho afetado. Consegui economizar e decidi que iria ingressar no mestrado da UMinho em maio. Reuni todos os documentos e enfrentei todas as burocracias ao longo de junho e pleiteei a vaga em 12 de julho. A aprovação veio em 7 de agosto”, conta ele, como que repetindo a velocidade dos acontecimentos que tomaram sua vida até aqui.
Apoio da Assessoria Internacional
Lucas é particularmente grato à ARI (Assessoria de Relações Internacionais) da Metodista, que deu o suporte necessário para reunir documentos e papeladas exigidas pelo rigoroso edital da UMinho. “Sem a ajuda, nem conseguiria me candidatar”, diz ele.
Por enquanto, seu olhos estão fixos em obter atualizações e ferramentas para o mercado pós-Covid e em promover um upgrade na carreira. Mas Lucas de Freitas não descarta, no futuro, levar essa experiência à academia dando aulas em pós-graduações e MBAs. O que o move no curto prazo, como diz, é o contexto do Brasil nestes tempos de coronavírus.
“Acho que o Brasil está lidando muito mal com a pandemia e isso reflete nas empresas, na retomada da economia e reabertura do País. Muitas empresas estão fechando e o mercado ficando cada vez mais limitado. Essa junção de falta de gestão no Brasil, de um país já reaberto como Portugal e minha ambição de querer internacionalizar a carreira, tudo motiva a me preparar melhor e me atualizar profissionalmete. Isso fará toda a diferença nas profissões”, afirma.
A seu ver, Portugal foi exemplar na condução do controle da pandemia. O país tem registrado média de dois a três óbitos por dia e apenas 200 infectados. Está com praticamente todas as atividades reabertas e atento a pequenos focos. “A Direção-Geral da Educação de Portugal tem sinalizado desde junho que a volta às aulas será totalmente presencial. A Universidade do Minho também já sinalizou que será presencial, mas que está preparada para acionar um modelo híbrido, a distância, em caso de eventual necessidade”, descreve ele sobre sua nova jornada acadêmica.