Ex-aluno de Comércio Exterior e de Marketing é um dos autores do livro sobre a internacionalização das Havaianas
De um objeto utilitário para um com valor emocional, as Havaianas, criada em 1960 e que calça os pés não apenas de brasileiros, mas de várias pessoas dos cinco continentes, teve seu boom de internacionalização de 2000 a 2010, quando de apenas nove países passou a ser vendida em 80.
Eduardo Bissoli, formado em Comércio Exterior e pós-graduado em Marketing pela Universidade Metodista de São Paulo, teve compromisso marcado no último 10 de agosto no shopping JK Iguatemi, para a sessão de autógrafos do seu livro “Havaianas – A internacionalização de um ícone brasileiro”, escrito em conjunto com o time responsável por tal feito na história do “chinelo de dedo”.
O livro aborda o período mais significativo, abrangente e visível do processo de crescimento da marca, mas isso não significa um conto de fadas. “Com uma linguagem simples e de fácil compreensão sem a necessidade de uma formação em COMEX e Negócios, os quatros autores que na época eram responsáveis cada um por uma parte do mundo, falam dos processos, histórias, dificuldades e sucessos ao levar as Havaianas para fora do Brasil”, comenta o egresso e empresário Eduardo Bissoli.
As Havaianas são um item usado por pessoas comuns e famosas, gerando interesse e parcerias com estilistas renomados até a participação em eventos com repercussão mundial como o Oscar. Perguntas constantes sobre o sucesso da marca que saiu das classes C e D, e que atingiu posteriormente as classes mais altas, acontecem por não ser algo comum no exterior.
“No Brasil, as Havaianas sempre foi um produto de classes C e D, atingindo depois o topo da pirâmide. Isso no exterior não funciona, por isso lá fora focamos primeiro nas classes A e B com um número menor de vendas para depois massificar”, destaca Eduardo.
No final da década de 90, antes da chegada do time responsável pela globalização da marca, as exportações das Havaianas iniciaram em países como Bolívia, Venezuela, Colômbia, Portugal e Austrália. “O processo de internacionalização tem três fases e se inicia pela exportação. Falamos disso no livro, mas as exportações das Havaianas feitas para esses países antes da nossa chegada, aconteceram mais deles vindo ao Brasil para a compra do produto do que uma forma proativa da empresa. E isso mudou com a nossa chegada”, pontua.
No período de 10 anos com tantas histórias, conquistas e dificuldades, o sentimento que se encontra no peito de Eduardo é o de orgulho em fazer parte da história de um objeto quase que cultural que hoje é vendido em mais de 150 países. “Havaianas virou um símbolo e sinônimo de Brasil. Apesar de já ter saído desse processo há uns 13 anos, ainda falamos sobre o ‘Case Havaianas’ em universidades e empresas. Alcançamos algo que talvez nenhuma marca brasileira tenha conseguido”.
Uma formação com uma boa grade curricular e com professores excepcionais fazem a diferença na carreira do aluno que está construindo um futuro sólido e cheio de histórias inspiradoras. “Eu carrego até hoje um conselho de um professor da Metodista que é ‘o maior ativo de uma empresa é a sua marca’, então o que define o sucesso é o quanto ela cuida, valoriza e leva adiante os valores que carrega. Levo isso comigo desde os tempos de universidade e é uma verdade absoluta” e completa “eu sempre agradeço por ter tido a oportunidade de ter cursado COMEX e Marketing e me dedicado a essa grade curricular que me ajudou a enfrentar os desafios desta jornada profissional”.
Com uma carreira cheia de histórias, desafios e conquistas, o que não falta em uma pessoa experiente é conselho àqueles que estão iniciando a jornada ou estão no meio do caminho a construindo. "Pense sempre em construir relações a longo prazo e nunca traia a empresa em que você trabalha. Eu nunca teria construído nada sem inglês e espanhol, porque o profissional de Comércio Exterior precisa ser fluente em mais de um idioma para conseguir sobreviver nesse mercado tão competitivo”, aconselha.
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