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Ex-aluna é nomeada diretora de Marketing e Comunicação em gigante do fertilizante brasileiro

por Maria Luisa Marcoccia Última modificação 2022-10-05T10:50:29-03:00

Aos 12 anos ela colecionava anúncios porque gostava do tema, mesmo sem projetar que faria carreira na área. Mas logo se identificou e começou a dedicar tempo, recursos e energia para se tornar uma profissional capacitada. Formada em Marketing em 2000 pela Universidade Metodista de São Paulo, Kelly Nakaura acaba de assumir a diretoria de Marketing e Comunicação da Cibra Fertilizantes, uma das cinco gigantes do setor.

Kelly atuou em todas as subáreas do Marketing em multinacionais como General Motors, Sony e JohnDeere, passando inclusive pela experiência de vendas. Fez também MBA em Gestão de Negócios pela FGV. Da Metodista diz ter só boas lembranças, entre as quais do 2º lugar do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), cujo projeto foi implementado na prática pela então IBOVESPA (hoje B3, Bolsa de Valores do Brasil).

Acompanhe um pouco da trajetória da ex-aluna em entrevista ao portal da Metodista, em que fala também dos desafios do mundo digital:

Japonês, inglês e espanhol

1 -     Sempre atuou na área de Marketing? O que te despertou para essa profissão?

R - Construí toda minha carreira na área de Marketing. Atuei ou liderei times em praticamente todas as disciplinas do setor, como produtos, pricing, inteligência, pesquisa de mercado, planejamento estratégico, comunicação, publicidade, eventos, digital, branding e trademarketing. O único momento em que estive fora da área foi durante a passagem pela General Motors, quando, como parte do plano de carreira, atuei por 2 anos em vendas, o que me deu amplitude na competência de entendimento ao cliente.

2 -    Você tem passagens por grandes empresas multinacionais, inclusive a Cibra, que tem capital externo. Conte um pouco dessa ascensão e como é chegar à direção master em sua área?

R - Aos 12 anos, eu colecionava anúncios. Sempre gostei do tema, mesmo quando não imaginava que poderia se tornar uma carreira.  Por ter muito claro que queria atuar neste setor investi tempo, recursos e energia para me tornar uma profissional capacitada. 

Em 1996, comecei minha graduação em Marketing, mas antes tive oportunidade de iniciar a vida profissional no Japão, o que ampliou minha visão de mundo e me proporcionou uma adaptabilidade às diferenças culturais.  Esse período foi fundamental para que compreendesse que os conceitos e experiências de marketing são globais e aplicáveis em qualquer indústria ou geografia, com o desafio de mergulhar no entendimento da dinâmica do mercado, agentes, cadeia de valor e, principalmente, a jornada e comportamento do consumidor/cliente.

Além disso, o domínio de línguas foi de suma importância para ingressar em multinacionais. Além de japonês, estudei o inglês e quando veio a responsabilidade de trabalhar com América Latina, o espanhol foi uma necessidade. Isso facilitou muito a integração e trocas com colegas de outras unidades ao redor do mundo. Sou movida pela paixão pelo que faço e sinto enorme satisfação e orgulho quando percebo que o time do marketing fez uma entrega de excelência.

3 -    Você já atuava na Cibra em outros cargos ou veio de outra empresa?

R - Construí boa parte da carreira no setor automotivo. Em 2014 entrei para o mercado de agronegócio. Há um ano iniciei minha jornada na Cibra como Head de Marketing e, recentemente, assumi o cargo de diretoria de Marketing e Comunicação.

TCC premiado

4 -    Quais lembranças tem da Metodista e que importância atribui à sua formação?

R - Voltei para o Brasil para fazer minha graduação e escolhi a Metodista pela reputação, localização e por ter conseguido uma bolsa. Sou muito grata à instituição. Tenho lembranças muito boas: em primeiro lugar dos amigos, alguns dos quais mantive e fortaleci os laços ao longo dos anos; pela minha cultura tenho imenso respeito aos mestres, e alguns influenciaram minhas escolhas de caminhos profissionais; dos trabalhos nos laboratórios de audiovisual, de fotografia, de história da arte, estes me fascinavam; e do TCC em que nosso grupo foi o 2º colocado. Comemoramos muito quando nosso projeto foi realmente implementado no mercado pela IBOVESPA.

5 -    Como o digital alterou a área de Marketing e o que você quer dizer com a missão de posicionar a marca Cibra à altura do que a empresa já é?

R - O Digital representou uma quebra de barreiras, seja geográfica ou nos elos de relações entre as marcas, o consumidor e a sociedade. O Marketing e a Comunicação ganharam relevância nas organizações, uma vez que entender um consumidor empoderado e lidar com uma sociedade vigilante, informada e atuante passou a ser condição crítica para a reputação das marcas e os negócios. A cadeia de distribuição e produção de conteúdos e a forma de estabelecer relações mudaram de maneira disruptiva. Os marketings enfrentam o desafio de se adaptar, numa velocidade insana, em meio às mudanças repentinas e exponenciais. Mas, em meio a todos estes desafios, um grande benefício técnico foi a maior acuracidade no mapeamento das jornadas e nas mensurações de resultados de investimentos, de uma forma mais objetiva e concreta. 

A Cibra é uma empresa à frente do seu tempo, inovadora e com alma de startup, mas com resultados sólidos e memória já constituída, onde os valores são vivenciados na prática de maneira genuína. É uma empresa que preza pela simplicidade e graças à coragem e senso de dono da “Nossa Gente” – é como são chamados os colaboradores -- chegou à posição de 5ª maior em fertilizantes em um mercado altamente concentrado. Quando digo que minha missão é “posicionar esta marca à altura do que a empresa já é”, me refiro ao gap atual de percepção e/ou desconhecimento da marca em algumas regiões-chave do agronegócio brasileiro. É um belo e motivador desafio. E o melhor de tudo, como profissional de marketing, é ter a confiança, a autonomia e recursos para trabalhar um produto de altíssimo potencial.

6 - Que outros comentários acha legal fazer?

R - Fiquei muito feliz com este convite para dividir um pouco da minha jornada com estudantes da Metodista. Tenho muita gratidão e respeito às instituições de educação e aos mestres. Sei que, infelizmente, nosso País, muitas vezes, não os reconhece como seria devido e merecido. Acredito e me sinto um produto do investimento em Educação. Espero que esta realidade mude para as próximas gerações.

 

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