Ex-aluna de Jornalismo está entre pessoas mais influentes no mundo em valorização feminina
Uma plataforma educativa para meninas de 6 a 18 anos protagonizarem oportunidades para seus futuros é a definição de Deborah De Mari para o projeto social que implementou em 2016, o Força Meninas. Dizendo-se incomodada com a discriminação de gênero que persiste em pleno século 21, ela abraçou a causa das barreiras contra mulheres que, segundo destaca, começam ainda na infância.
Ao contrário dos homens, “a menina pára de falar porque, se fala, ela pode não agradar e não ser aceita”, afirma a ex-aluna de Jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo, que começou a estudar questões de gênero na faculdade e levou esse interesse às empresas onde trabalhou, como Locaweb, Walmart e Natura. A pequena participação das mulheres em cargos de liderança confirmou suas suspeitas.
Hoje aos 40 anos de idade, Deborah toca um projeto já premiado internacionalmente: além de uma das finalistas do MIT-Solve 2020 (Massachusetts Institute of Technology, na categoria “práticas inovadoras para meninas”), Deborah foi considerada uma das 100 pessoas mais influentes do mundo em políticas de gênero pela fundação britânica Apolitical.
Carreiras masculinas
As atividades práticas do Força Meninas começaram em 2017 com ações de capacitação de meninas para carreiras de ciências, tecnologia, engenharia, artes e matemática (conhecidas pela sigla Steam) – espaços tradicionalmente masculinos e cruciais para o futuro.
“Trabalhamos com desenvolvimento de pensamento crítico e habilidades socioemocionais orientadas a gênero. Não estou falando só de preparação profissional, mas de mudança de mentalidade. Estamos fazendo uma mudança sistêmica”, declara a ex-aluna da Metodista ao portal Draft, especializado em negócios sociais.
O Força Meninas oferece três tipos de programas. O mais conhecido é o prêmio Mude o mundo como uma menina, que as ajuda a desenvolver sua liderança e ampliar o impacto dos seus projetos. Outro é a expedição Meninas curiosas, mulheres de futuro, uma carreta por cidades brasileiras que incentiva meninas a explorarem as áreas de ciências e tecnologia. Por fim, há os programas específicos para empresas. Por exemplo, a ArcelorMittal apresentou o desafio de inserir mais mulheres dentro da indústria.
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