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Em entrevista ao DGABC, doutora em Educação fala sobre inclusão de surdocegos e comunicação social háptica

por cindy lima Última modificação 2023-02-16T14:18:29-03:00

A doutora em Educação Elaine Vilela concedeu na manhã de 14 de fevereiro de 2023 entrevista ao Diário do Grande ABC sobre o Grupo de Estudos e Pesquisas em Inclusão e Comunicação Social Háptica (GEPICSH), da Universidade Metodista de São Paulo.

“Esse grupo estuda a comunicação de pessoas surdocegas e que não possuem comunicação verbal. Quando tem um discurso, a Libras Tátil é suficiente para as informações auditivas, mas nas visuais se perdem. Por exemplo o sinal de ‘tudo bem’ em Libras é o mesmo para pergunta, afirmação e negação, então só identificamos a diferença pela expressão facial. Mas como isso funciona para o surdocego?”, questiona.

A comunicação social háptica se realiza em partes neutras do corpo, normalmente costas, braços e pernas, e quem escolhe o local que o sinal será feito é a pessoa com surdocegueira. “Uma das funções da comunicação social háptica é trazer a informação visual que se perde com a Libras Tátil. Como por exemplo mapear uma biblioteca para um surdocego, eu realizo a ação nas costas enquanto outra pessoa na frente demonstra com sinais. A junção dessas duas ações ajudam o surdocego a chegar na informação”, comenta Elaine.

Cada surdocego tem a sua forma de visualizar a informação que recebe. “O surdo escuta pelos olhos e fala pelas mãos. Se era surdo e depois ficou cego, ele visualiza as imagens na mente e se comunica por Libras. Se era cego e ficou surdo, se comunica de outra forma. Existem muitas formas de comunicação”, fala.

Elaine é egressa de uma das primeiras turmas de Pedagogia EAD da Metodista, concluindo o curso em 2010 pelo Polo de Mauá. Continuou os estudos de mestrado na instituição e se tornou doutora em Educação pela UMESP em 14 de dezembro de 2022, após a defesa da tese “A comunicação social háptica e suas vias de construção: narrativas e experiências de guias-intérpretes e pessoas com surdocegueira em processos formativos”.

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