Em entrevista à TV Repórter Diário, prof. Sandro discorda da privatização da Sabesp
Um mercado com características muito próprias como o fornecimento de água e esgoto justifica ser um “monopólio natural” sob responsabilidade do Estado. Assim entende professor Sandro Maskio, do curso de Ciências Econômicas da Universidade Metodista de São Paulo, sobre a privatização da Sabesp aprovada na Assembleia Legislativa.
“São estruturas produtivas que têm custo fixo muito elevado e a única forma de se tornar viável é pela economia de escala. Então, a presença de um único produtor monopolista é ter esse processo economicamente viável”, explicou o docente em entrevista à TV Repórter Diário.
Atualmente o Estado de São Paulo detém 50,3% das ações da Companhia de Saneamento. A ideia reduzir essa participação para entre 15% e 30% e investir o fruto da venda ao setor privado na universalização do saneamento básico.
Acompanhe aqui a íntegra da entrevista ou no jornal digital.
População 65+
Prof. Sandro falou também ao Repórter Diário sobre o desafio do comércio em enxergar a crescente população acima de 65 anos como um mercado ativo e promissor diante da longevidade.
“É um momento em que o mercado sente, sim, essa mudança de público e começa a refazer algumas leituras, reprogramar o mix de produtos e serviços para esse público diferente, que têm demandas diferentes, capacidade de consumo diferente e necessidades diferentes. É um público muito específico que carece de produtos direcionados”, disse.
A reportagem aponta que o Índice de Envelhecimento da População (número de pessoas com 65 anos ou mais dividido pelo número de pessoas com até 14 anos) cresceu muito em três anos no ABC, saindo de 0,13 em 1991 para 0,69 em 2022. Neste mesmo período, a representação dos idosos no total da população saiu de 4% para 11,9%, ou seja, triplicou. Segundo levantamento da consultoria Data8 divulgado pelo Sebrae em março deste ano, a população com 50 anos ou mais (conhecida como Geração Prateada) é responsável pela movimentação de R$ 2 trilhões por ano no Brasil. No mundo, o movimento alcança US$ 7,1 trilhões.
Veja a íntegra da matéria.
Texto: Malu Marcoccia
Última atualização: 05/12/2023