Dia dos Profissionais da Educação destaca importância da transmissão de conhecimentos entre gerações
Poucos discordam de que não é tarefa simples transferir conhecimentos para crianças e jovens, seja para a formação básica de letramento e cidadania, seja na preparação de futuros profissionais para o mercado. Por isso, é unânime a constatação de que a educação é pilar básico de uma comunidade e tarefa nobre de quem a promove.
Embora o professor esteja no centro dessa missão, há um conjunto de trabalhadores que interagem no espaço escolar e para eles foi instituído o 6 de agosto como Dia Nacional dos Profissionais da Educação, pela Lei 13.054 de 2014. É uma forma de homenagear professores, coordenadores pedagógicos, orientadores, supervisores e dirigentes regionais, entre outros profissionais que se dedicam para que tudo corra bem na sala de aula.
Pouco valorizado
No Brasil, o professor tem um dia especial para lembrá-lo, o 15 de outubro, mas é importante pontuar que na maioria das vezes não recebe reconhecimento adequado a essa missão. Em artigo para o Diário do Grande ABC em maio último, o reitor da Universidade Metodista de São Paulo, prof. Marcio Oliverio, alertou para uma realidade preocupante: apenas 7% dos docentes acreditam que são tão valorizados quanto médicos, engenheiros e advogados no Brasil. Além disso, 92% gostariam de ter maior participação na concepção de políticas e programas educacionais, segundo levantamento do instituto Todos pela Educação.
“Os resultados da pesquisa destacam a necessidade urgente de investir na formação e no apoio aos professores, garantindo que estejam bem preparados para enfrentar os desafios da sala de aula. Além disso, apontam para a necessidade de políticas que valorizem a profissão docente e reconheçam sua importância vital para a sociedade”, escreveu prof. Marcio.
O levantamento mostra que apenas 19% concordam que os cursos atuais de Pedagogia e Licenciaturas estão adequadamente preparando docentes para o começo de suas carreiras. 56% afirmam que não receberam orientação específica em seu primeiro ano de docência.
Mesmo assim, 80% ainda escolheriam ser professor se tivessem oportunidade de fazer a opção novamente. “Isso ressalta a paixão e o compromisso que muitos professores têm com a profissão, apesar das dificuldades”, ressalta o reitor.
Veja a íntegra do artigo.
Texto: Malu Marcoccia
Última atualização: 1/08/2023