Da incerteza sobre a carreira a chef executivo, ex-aluno de Gastronomia assume Hotel das Cataratas

Quando ingressou no curso de Gastronomia da Metodista, Luiz Guilherme Corsi Cyrino hesitava entre o instinto de seguir em frente e outras possibilidades de profissão. Mas a dúvida foi deixada de lado assim que iniciaram as aulas práticas na cozinha-escola da graduação. “Me apaixonei e pude ver que era o que queria fazer para o resto da vida’, diz ele hoje aos 34 anos, recém-promovido a chef executivo de uma das unidades da rede Copacabana Palace, o Belmond Hotel das Cataratas, em Foz do Iguaçu.

Com responsabilidade pela gastronomia e também coquetelaria do novo empreendimento, o ex-aluno da Universidade Metodista de São Paulo não apenas aprimorou os estudos como não temeu desafios na carreira, atuando desde funções como auxiliar de cozinha, cozinha e sous chef até chef de banquetes em vários espaços gastronômicos. Seus registros profissionais têm carimbos como Ibis Hotel, Restaurante D.O.M, Tulip Inn Copacabana, Restaurante ORO e Palácio Tangará.

“Sou muito realizado na profissão que, como qualquer outra, exige muito trabalho e dedicação. Não é uma profissão que tem retorno rápido financeiramente, mas se você se dedica e busca por estágios e trabalhos em restaurantes reconhecidos, mesmo pagando pouco, isso te ajudará mais à frente, pois enriquece o currículo e a experiência”, diz Luiz Guilherme, que se formou na turma de 2008 da Metodista e seguiu com uma pós-graduação em Gestão de Restaurante e MBA em Liderança e Gestão de Pessoas.

Pegar no pesado

Sua recomendação aos iniciantes não foge à de muitos profissionais bem-sucedidos: sair da zona de conforto, não temer trabalhar pesado. “A rotina não é fácil, mas com disciplina e amor pelo trabalho, você verá que vale a pena, pois é uma profissão linda, na qual fazemos outras pessoas felizes através da comida”, aponta.

A própria trajetória de Luiz Guilherme pode ser tomada como guia de carreira:

“Durante a faculdade fiz estágio na Rede Accor, no Hotel Ibis da Paulista. Quando terminei o curso trabalhei oito meses em navio no Celebrity Cruise. Quando voltei, estagiei dois meses no Restaurante DOM, onde fui indicado para o cargo de sous chef no restaurante ENE no Rio de Janeiro. Depois de oito meses fui ser chef no restaurante Branche do Hotel Tulip Inn Copacabana, onde fiquei por dois anos e meio”, conta.

Quando saiu do Tulip, o ex-aluno da Metodista estagiou no Restaurante ORO de Felipe Bronze e logo iniciou como sous chef de banquetes no Copacabana Palace. Depois de um ano assumiu como chef de banquetes. Ficou por sete anos, até receber proposta para sous chef executivo no Palácio Tangará em São Paulo, onde atuou por um ano e meio. “Agora estou de volta à Rede Belmond, há três meses, mesma rede de hotéis do Copacabana Palace”, diz ele, com satisfação.

Texto: Malu Marcoccia
Última atualização: 10/05/2023