Conheça o projeto Mão Solidária destinado a crianças com vulnerabilidade social
A qualidade de vida com o esporte aumenta por trazer benefícios ao indivíduo e coletivo, possibilitando transformações de realidades. Pensando no quão agregador o esporte é na vida de alguém, em 2005 nasce a Associação Desportiva e Cultural Mão Solidária, uma Organização da Sociedade Civil que oferece para crianças e adolescentes com vulnerabilidade social atividades esportivas, principalmente por meio da modalidade Handebol.
Daniel Robert Suaréz, mais conhecido como Daniel Cubano, saiu de Cuba e chegou no Brasil em 1996, vivendo e trabalhando em São Bernardo do Campo. A ideia de criar o projeto surgiu após observar seguranças retirando crianças que haviam pulado o muro para brincar dentro do Volkswagen Clube. Em seguida, solicitou aos dirigentes horários para trabalhar voluntariamente com crianças das comunidades próximas e foi atendido.
“É uma Organização sem fins lucrativos que trabalha através do esporte com o objetivo de mudar vidas ao ampliar as oportunidades de crianças e adolescentes de 9 a 17 anos”, comenta Daniel.
Daniel também atuou por muitos anos na equipe de Handebol da Universidade Metodista de São Paulo, que também representava o município (Metodista/São Bernardo), como jogador e técnico e hoje retorna com o projeto no Ginásio de Esportes da universidade. “Eu acho que fiz parte da história da Metodista, e essa história foi muito bem-sucedida. A melhor parceria público-privada de todos os tempos. Hoje retorno a casa para retribuir um pouco. O esporte é fundamental principalmente para todas as crianças que pós-pandemia tiveram problemas com obesidade, sedentarismo e autoestima. Com ele, a gente pode trazer alegria para elas. Obrigado, Metodista”.
Francisca Figueiredo, mãe de Melissa que é participante do Mão Solidária, diz que o projeto ajuda a filha a ter uma vida mais saudável e movimentada. “Além de fazê-la se exercitar, é uma ocupação que ajuda ela a não ficar tanto tempo no celular. Fico feliz de o Cubano ter conseguido deixar o projeto no Ginásio da Metodista e no horário das 17h às 19h, assim minha filha pode continuar praticando o esporte”, comenta.
Mãe do Erick e da Larissa, Priscila dos Santos compreende que além do bem-estar que se consegue ao realizar atividades físicas, o Handebol ensina os princípios de regras, e a junção dos fatores ajuda na vida das crianças. “O esporte além de ajudar no desenvolvimento motor e na compreensão de regras, ajuda no intelectual por ser uma forma de distrair a mente e aliviar o estresse do dia a dia. Pelo meu filho estudar período integral, eu o sentia ficar estressado por conta da rotina, e com o esporte ele se sente bem novamente ao realizar outras tarefas”, pontua.
Priscila, assim como Francisca, compartilha do mesmo sentimento de procurar uma ocupação para os filhos não ficarem tanto tempo em frente a uma tela. “Apesar de não os deixar durante a semana consumindo muita televisão e celular, queria que eles utilizassem o tempo deles para fazerem algo diferente e agregador. Fazerem o Handebol duas vezes por semana realmente os tem deixado mais criativos e dispostos”.
Desde a fundação do projeto Mão Solidária, mais de três mil crianças foram atendidas de forma gratuita pelo projeto nos núcleos de São Bernardo, Santo André e Diadema. A equipe atual é multidisciplinar, contando com assistente social, psicóloga, técnicos, assistentes e voluntários.
Além do Mão Solidária, Daniel trabalha desde 2009 como coordenador técnico no Centro Olímpico da cidade de São Paulo e é auxiliar-técnico da Seleção Brasileira de Handebol Júnior Feminina desde 2021. “Humildemente acredito que com o meu trabalho tenho contribuído para o desenvolvimento da modalidade no país”, comenta.
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