"Celso Furtado pensou em melhorias para a qualidade de vida dos trabalhadores", afirma especialista
Por meio do curso de Economia e do Núcleo de Formação Cidadã, a Universidade Metodista de São Paulo celebrou o centenário do nascimento do economista Celso Furtado na aula pública "100 anos de Celso Furtado e a questão do subdesenvolvimento no Brasil".
A professora e socióloga Júlia Gomes conduziu o encontro, sob mediação da professora do curso de Ciências Sociais Claudete Pagotto. De forma descontraída, a convidada trouxe reflexões da vida do sociólogo, sua importância para as Ciências Humanas no cenário internacional e na América Latina e como se construiu como autor. "A obra do Celso Furtado é processual. Os movimentos da história, as lutas políticas, influenciaram seus estudos, especialmente o golpe militar de 1964, que impôs a ele um afastamento da vida pública e de seu País", comentou Julia.
Legado para as reformas políticas
O encontro também lembrou a importância do pensador para as reformas políticas no Brasil, sobretudo do trabalho no campo. Para Celso Furtado, os direitos dos trabalhadores da cidade e rurais eram questões importantes de serem debatidas e reformuladas.
"No trabalho, as reformas políticas eram características fundamentais para introduzir as populações rurais, os trabalhadores dentro da sociedade democrática. Não haviam direitos trabalhistas, que eram fundamentais para o desenvolvimento do País. Podemos lembrar Celso Furtado como um pensador que questionou e pensou reformas para o capitalismo e melhorias para a qualidade de vida dos trabalhadores", afirmou professora Júlia Gomes.
Confira aula pública na íntegra aqui