Após atuar em gigantes farmacêuticas, ex-aluno de ADM vai cuidar de outra marca campeã de mercado

Pense em marcas líderes na indústria farmacêutica, como Advil, Dorflex, Novalgina e Luftal. E agora visualize uma campeã no setor de beleza e higiene pessoal, como Wella. Esses são alguns dos produtos com cabeça, mãos e pés empenhados pelo ex-aluno de Administração da Metodista João Marcelo Marconato, recém-nomeado novo gerente de vendas da Wella no Estado de São Paulo e região Sul do País.

Aos 35 anos de idade, João Marcelo sedimentou a carreira em mais de uma década atuando nas áreas de marketing e vendas de laboratórios como Pfizer e Sanofi, além de Reckitt, que fabrica medicamentos como Naldecon e artigos de higiene e saúde como Sustagen, SBP e Passe Bem. Em todos, atuou em marketing, por isso se diz agora desafiado a cuidar das vendas da Wella.

“Após alguns anos dentro de Trade Marketing categoria/canal, o próximo passo seria ir para vendas e vivenciar a rotina na rua. A visão de trade é muito importante para gerar uma estratégia bem estruturada e de longo prazo, e com isso ter sustentabilidade no crescimento das vendas e todos os pilares estratégicos que envolvem a área, como por exemplo a execução no ponto de venda/lojas. Esse complemento da área mais estratégica gera uma combinação vencedora da parte mais burocrática/analítica com a execução”, define ele.

Prêmios

Formado em 2014 pela Universidade Metodista de São Paulo, João Marconato também exibe prêmios na trajetória profissional. Depois de ingressar no estágio da Pfizer, onde reuniu conhecimentos sobre a parte mais operacional de vendas, foi promovido para trade marketing e enfrentou seu primeiro desafio na categoria de analgésicos da marca. Era responsável pelo Advil, o mais vendido no mundo na época.

“Participei da construção e execução de campanhas muito relevantes para a marca, com celebridades e foco em crescimento de participação de mercado, e tive minha primeira conquista junto ao time, que foi a premiação da campanha da marca no Brasil pelo time global da Pfizer”, relata.

A ascensão não foi diferente na Sanofi, que produz alguns dos itens mais vendidos no mercado como Dorflex, Novalgina e Allegra. O ex-aluno Metodista, que tem MBA em Gestão de Negócios pela FGV, foi responsável pelo trade canal indireto e alimentar (farmácias independentes e supermercados) e depois migrou para a área de categoria, onde atuou em vitaminas como Pharmaton, OS-CAL e Targifor.

“Minha última experiência antes da Wella foi a Reckitt, onde também ingressei em trade canal e depois recebi o desafio de construir a estratégia comercial no Brasil de dois analgésicos, um deles comercializado globalmente. Este foi meu maior desafio até hoje e em 2021 recebemos o prêmio de Inovação do Ano, uma distinção global muito relevante para minha carreira”, conta.

João Marconato define a área de Vendas e Trade Marketing como muito dinâmica e que demanda constante aprendizado e atualização. Acredita que é hoje uma das áreas com mais oportunidades no mercado. “Vendas, por exemplo, é a alma de todos os negócios, então é uma questão de ter ou desenvolver habilidades com pessoas, gestão, negociação, empatia e principalmente parceria para ter uma curva crescente na carreira. Já em trade, também são importantes a profundidade analítica e saber navegar em diferentes cenários, com públicos diversos e saber lidar com mudanças. Estar aberto ao novo e ter rápido aprendizado é algo muito valorizado hoje em dia”, ensina.

Tecnologia

Tecnologia é o pilar que mais impacta o mercado hoje em dia, a seu ver. Tudo vem se tornando digital e a geração dos 30 a 40 anos, segundo João  Marconato, é a maior responsável por implementar, entender e desenvolver as estratégias dentro destas plataformas. “Quem tem profundidade neste novo cenário se destaca, principalmente dentro dos clientes. Com a tecnologia ganhamos velocidade, precisão e mais competitividade. Hoje as informações são basicamente em tempo real. Todos os dados relevantes para uma negociação, desenho de estratégia e etc estão disponíveis na palma da mão. Basta saber onde buscar e ter profundidade nas informações para chegarmos cada vez mais longe de forma estruturada”, afirma.

Para quem está iniciando a profissão, o ex-aluno Metodista diz ser importante ter uma ambição e/ou direcionamento de onde quer chegar. Depois, é fundamental conectar-se com alguém que já está com a carreira mais desenvolvida para entender os desafios, caminhos e ter um mentor dentro dessa jornada profissional.

“Fiquem atentos às aberturas dos programas de estágio das grandes corporações, que nos trazem uma visão muito ampla de mercado, produtos, serviços e também uma projeção de carreira acelerada. Estar em um programa de estágio como este não significa se acomodar, pois é importante aproveitar o momento para estar à frente de demais candidatos”, prossegue ele, acrescentando outros quesitos dos bem-sucedidos: ”Não deixar de ter uma segunda ou terceira língua com nível avançado/fluente, buscar cursos extracurriculares dentro da área de atuação, se conectar com profissionais mais sêniores e estar com a página no LinkedIn sempre atualizada, com todas essas informações acima muito claras”.

Texto: Malu Marcoccia
Última atualização: 08/08/2023