Aluno de Jornalismo concorre a mais um prêmio nacional com trabalho sobre saúde e redes sociais
O aluno Erick Sales volta a ser destaque em prêmio nacional de Jornalismo. É um dos cinco finalistas na categoria universitária do Prêmio de Comunicação Fundação José Luiz Egydio Setúbal (FJLES), que promove a divulgação de temas sobre saúde da criança e do adolescente. Erick concorre com reportagem sobre Síndrome do Snapchat, em que alerta para filtros de câmeras e vídeos que manipulam fotos do corpo. O aluno da Metodista já havia conquistado o 3º lugar do Prêmio AutoInforme de Estudantes de Jornalismo no início do ano, com matéria sobre carros elétricos.
“Concorri com um texto que produzi sobre Síndrome do Snapchat e redes sociais de incentivo à anorexia. Há alguns anos, eu mesmo passava por transtornos alimentares e tive contato com hashtags e grupos que incentivavam práticas nocivas, como dietas que envolviam longas horas de jejuns e baixíssimas calorias (200 por dia). Para essa matéria, revisitei esses espaços e investiguei se essas práticas ainda ocorriam e como se ligavam com a Síndrome do Snapchat, que é uma dismorfia corporal gerada por contato excessivo com filtros em redes sociais”, descreve o aluno da Universidade Metodista de São Paulo, que tem 20 anos e está no 5º período.
Snapchat é uma rede social voltada ao compartilhamento de fotos e vídeos que podem ser visualizados pelo tempo de duração determinado por quem posta. Duram 10 segundos e atualmente ficam no ar por até 24 horas. Desde que foi criado vive muitas polêmicas. O Snapchat nasceu como aplicativo de mensagens usado para compartilhar fotos, vídeos, texto etc. Veja o texto sobre Síndrome do Snapchat e as mídias da disformia corporal.
Para professora Rita Donato, que orientou o trabalho, o maior desafio do concurso foi produzir uma pauta diferenciada, que abordasse a saúde do jovem na era digital. “A proposta de tratar o que chamamos de epidemia digital, a partir da problemática sobre como o uso excessivo das mídias sociais afeta a saúde da população jovem, tem relevância e cumpre o papel social do jornalismo. Ao mesmo tempo em que trata uma situação alarmante, Erick costurou as informações com entrevistas de fontes e especialistas que mostraram de que maneira a sociedade pode contribuir com o debate e evitar esse problema”, destacou ela.
Prof. Rita se diz satisfeita com o resultado do trabalho. “Mérito para o aluno que, ainda em fase de formação, já consegue articular teorias que apresentamos nas nossas aulas e mostrar, na prática, como o jornalismo sério e responsável se constitui”.
R$ 85 mil em prêmios
O evento de premiação da FJLES está programado para 25 de setembro, na Capital. Além de Erick, disputam o 1º lugar na categoria universitária estudantes da Universidade Federal do Ceará e da UniCeub (Centro Universitário de Brasília).
As categorias contemplam profissionais já formados e, dentro de cada uma, uma subcategoria para estudantes de graduação. A divisão segue cinco padrões: texto, vídeo, áudio, iniciativas digitais e campanhas de comunicação. Os prêmios totalizam R$ 85 mil, dos quais R$ 55 mil para profissionais de comunicação e R$ 30 mil para estudantes universitários.
Segundo a promotora do Prêmio de Comunicação Fundação José Luiz Egydio Setúbal, que neste ano está na 3ª edição, a homenagem busca ampliar a percepção sobre saúde da criança e do adolescente entre jornalistas, produtores de conteúdo, comunicadores, agentes e gestores públicos, profissionais da sociedade civil, estudantes e professores universitários, bem como expandir e qualificar o debate sobre a prevenção e a redução de problemas de forma individual e coletiva.
Saiba mais sobre a fundação.
Veja matéria sobre o Prêmio Autoinforme de Jornalismo, em que o 1º lugar foi conquistado por aluna da Metodista.
Texto: Malu Marcoccia
Última atualização: 03/08/2023