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1° Fórum de Igualdade de Gênero dos Tribunais em Demandas Familiares aconteceu na Metodista

por cindy lima Última modificação 2025-02-12T16:40:56-03:00

No último 24 de maio aconteceu o 1° Fórum de Igualdade de Gênero nos Tribunais em Demandas Familiares, uma parceria entre a Universidade Metodista de São Paulo com o Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM).  

A mesa de abertura do evento contou com a presença de Fernanda Las Casas, do IBDFAM Pesquisa e IBDFAM SP, Ana Paula Copriva do IBDFAM SP e o coordenador do curso de Direito da Metodista, Fernando Shimitt.  

“Vir para São Bernardo para mim é muito importante por trazer memórias afetivas. O irmão do meu pai morava aqui, então desde criança eu vinha para cá, o que me faz sentir em casa. A minha prima estudou aqui na Metodista. Estar aqui é sempre motivo de alegria”, comenta Ana Paula.  

Em nome do reitor, professor Fernando Schimitt dá as boas-vindas aos participantes do Fórum. “Aguardamos ansiosamente por essa oportunidade, para abrir as portas da Universidade Metodista de São Paulo, mais uma vez, ao IBDFAM. Cumprimento os idealizadores por traz do evento, a nossa equipe da Metodista, aos advogados, juízes, estudantes e profissionais que estão participando”, finaliza. 

 

PROTOCOLO DE GÊNERO NO TRIBUNAL DE SÃO PAULO

Na primeira mesa do dia sobre a implementação do protocolo de gênero no tribunal de São Paulo, que foi editado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a juíza Gina Fonseca Correa aponta sobre a hierarquia na sociedade e a desigualdade existente que interfere na violência de gênero, compartilhando experiências ao ser uma mulher negra. “Teve vezes que eu estava sentada na cadeira, na sala de audiência e de toga, e recebia advogado perguntando onde estava o juiz. Ele perguntou se eu era juíza e eu respondi: por que eu não seria?”, comenta. 

O protocolo começou com o CNJ 128, sendo primeiramente apenas uma recomendação aos juízes. Posteriormente, se tornou um instrumento obrigatório. Gina traz a fala da ministra Rosa Weber, ex-presidente do CNJ, que aponta a importância do julgamento pela perspectiva de gênero por “vivermos em uma sociedade, infelizmente, impregnada por um machismo estrutural e sistêmico”.   

A juíza usa para ilustrar a minissérie “Unbeliavable”, que conta a história real de uma jovem abusada sexualmente e que após a denúncia, desmente falando que tinha inventado tudo. A série acompanha a continuidade da investigação feita por duas mulheres, que após ouvirem sem preconceitos a vítima, que tinha sido desacreditada, encontram o suspeito e ele é preso.  

“O protocolo (implementado pelo CNJ) fala sobre a importância da palavra da vítima. Eu diria que deveria dar importância a palavra da mulher. O que eu quero reforçar é que, mais importante do que segurança ou impacto daquela investigação, é a perspectiva pela qual você irá conduzi-la", pontua.  

 

ETARISMO E DIREITOS HUMANOS 

O tema abordado pela doutora Maria Cristina da Silva Costa, de 62 anos, mostra que o envelhecimento quando somado a cor e gênero em uma sociedade que vê o envelhecer como algo negativo, desde a indústria cosmética até mercado de trabalho, só faz com que o preconceito aumente.  “Quando falamos de etarismo, precisamos falar dos Direitos Humanos, que fala que todas as formas de discriminação precisam ser debatidas. O etarismo é uma dessas”, pontua. 

No Brasil existem as convenções, a constituição e legislações que combatem as formas de discriminação. Quando o assunto é a pessoa idosa, O Estatuto do Idoso é um marco.  “Quando falamos das convenções e do Estatuto, falamos de inclusão do idoso, que está inserido na sociedade muito antes que nós. O idoso sempre fez parte, porque o idoso nada mais é do que uma pessoa que trilhou um caminho, e que conseguiu o êxito que muitos não conseguem alcançar, que é o envelhecer. Isso precisa ser respeitado e enaltecido”, fala Maria Cristina.  

Você pode conferir o evento completo aqui

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Última edição: 12 de fevereiro de 2025

Matéria por: Cindy Lima

 

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