Metodista participa de estudo inédito da ONU sobre gestão de riscos e desastres naturais
Ter um olhar preventivo, inclusive porque é mais barato do que investir após uma tragédia, é a principal recomendação do Caderno Técnico de Gestão Integrada de Riscos e Desastres lançado na última terça-feira, 19 de outubro, com participação do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social (PósCOM) da Metodista. O estudo será enviado ao governo com a recomendação expressa de se olhar situações potenciais de riscos naturais ou causados pela ação humana, para evitar ou reduzir desastres. Isso se daria tanto com planejamento urbano adequado como com mobilização social.
O Caderno GIRD é considerado a primeira cartilha do País a reunir levantamento de dados e produção multimídia sobre gestão de risco. Além de disponibilizado ao público, o produto - fruto de parceria técnica entre universidades, Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) - embasará um programa nacional de capacitação de gestores e líderes comunitários.
Mudanças climáticas agravam
O estudo já foi publicado pelo jornal Extra, do Grupo Globo, e alerta para as mudanças climáticas que estão potencializando chuvas e secas. Partiu da proposta de mudar a cultura existente no Brasil de se gerenciar tragédias, e não os riscos. Ou seja, ações só costumam ser tomadas após a ocorrência dos desastres, afirma a coordenadora, professora Samia Sulaiman, da Universidade Federal do ABC e Federal do Rio Grande do Norte, que coordenou o projeto.
Para dotar o estudo de linguagem acessível a todos, professora Cilene Victor, do PósCom UMESP, coordenou o núcleo de comunicação. Os pesquisadores diagnosticaram que informações técnicas sobre gerenciamento de risco no País se concentravam ou em cartilhas infantilizadas para colégios ou em manuais estritamente técnicos para agentes da defesa civil.
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Leia mais sobre o lançamento do GIRD+10.
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Texto: Malu Marcoccia
Última atualização: 25/10/2022