Curso de Rádio e TV inova com disciplina de produtos audiovisuais acessíveis
Pensando em colaborar com um mundo mais inclusivo, o curso de Rádio, TV e Internet da Metodista acaba de introduzir disciplina sobre produção audiovisual e acessibilidade. Os alunos levarão esse diferencial na formação profissional, aprendendo sobre técnicas para desenvolver recursos como áudio-descrição, legendagem e produção de janela de Libras (Língua Brasileira de Sinais), entre outros. A base é o guia para produções audiovisuais acessíveis do Ministério da Cultura, que define os aspectos técnicos para esse tipo de conteúdo.
“Os alunos também vão receber mais essa formação humanística, com a história das Pessoas Com Deficiência (PCD) na sociedade, a luta pelos direitos à inclusão, o conjunto de leis conquistadas no Brasil que garantem esse direito em todas as áreas da sociedade, mais especificamente ao acesso ao entretenimento, às notícias e à cultura por meio de produtos acessíveis”, afirma professor Marcelo Moreira, coordenador da graduação em Rádio, TV e Internet da Universidade Metodista de São Paulo.
Entre as grandes instituições de ensino superior, a Metodista é a primeira a inserir na grade curricular o desenvolvimento de produtos audiovisuais acessíveis, cita o professor. A Umesp já constrói há tempos, por meio do Núcleo de Acessibilidade e por disciplinas eletivas de Formação Cidadã, o olhar para o próximo com cuidado, respeito, igualdade e equidade. “Faz todo sentido formar profissionais de rádio, TV e internet com percepção e tomada de consciência sobre responsabilidade de produzir conteúdos audiovisuais que sejam para todos”, completou.
Certificação exclusiva
Nayane Moraes Cardoso, coordenadora do Núcleo de Acessibilidade da Umesp e que fez a aula inaugural em 23 de agosto último, aplaudiu a iniciativa: “É fundamental para incluir a deficiência nas temáticas que esses alunos estarão produzindo em veículos de comunicação. Vai ao encontro do que trabalhamos cotidianamente na Metodista, que é a construção de uma universidade inclusiva. A iniciativa deveria se estender a todos os cursos que formam comunicadores, que vão para o mercado já com o diferencial de conhecer as singularidades e o potencial das PCDs”, diz. Nayane falou na ação inaugural sobre o direito à inclusão e trouxe uma professora de Libras que interagiu com os alunos.
O projeto da coordenação do curso de Rádio, TV e Internet é fazer com que essa disciplina específica dentro da grade curricular, futuramente, possua uma certificação exclusiva de produtor audiovisual acessível. “Vamos levantar os aspectos administrativos e pedagógicos para esta condução”, adianta prof. Marcelo.
Texto: Malu Marcoccia
Última atualização: 19/09/2023