ABC terá seis das 24 estações da Linha Rosa do Metrô. Uma será no Rudge Ramos, onde está a Metodista
O ABC vai receber seis das 24 estações programadas para a Linha 20-Rosa do Metrô, que virá da Lapa, na Capital, e atravessará São Bernardo e Santo André. São Bernardo sediará estações em três bairros: Taboão-Pauliceia, Afonsina e Rudge Ramos, este último onde está o campus da Universidade Metodista de São Paulo. Santo André terá estações no Príncipe de Gales, avenida Portugal e Centro, onde haverá o pátio final integrado com a CPTM (Cia. Paulista de Trens Metropolitanos).
O traçado foi confirmado ontem na terceira e última audiência pública de apresentação da obra, realizada no salão nobre da Metodista com participação de executivos do Metrô, Cetesb, governo do Estado, Engetec, Prefeituras do Grande ABC e membros da comunidade, entre outros.
Obras juntas
A deputada Carla Morando, que comanda a Frente Parlamentar Pró-Metrô ABC, disse que a bancada de políticos da região está unida em favor da obra. Explicou que a construção será concomitante, ou seja, começará em Santa Marina, na Lapa, ao mesmo tempo que em Santo André. A parlamentar foi recepcionada no evento pela diretora de Graduação da Rede Metodista, prof. Patrícia Innarelli.
O Metrô advertiu que não iniciou qualquer etapa de notificação dos moradores e proprietários de áreas que serão desapropriadas no trajeto de 31,1 quilômetros. Falsos avisos de desapropriação e advogados que se identificam como sendo da companhia estariam abordando moradores, que devem denunciar no 0800-7707722 ou www.metro.sp.gov.br/fale-conosco
As desapropriações serão pagas à vista por depósito bancário e pelo valor de mercado, não pelo valor venal. Significa que a transação será em dinheiro, sem geração de precatórios. Estão programadas 609 desapropriações em São Paulo, 54 em São Bernardo e 69 em Santo André. A Cetesb garantiu que não há sítios ou patrimônios arqueológicos no traçado e que o impacto ambiental será mínimo, já que a vegetação, os rios e a fauna já são de ambientes urbanos.
Bilhete único
O Metrô também explicou que a Linha 20-Rosa será integrada a toda a rede metroviária, ou seja, um único bilhete permitirá usar todo o modal. Na programação consta que haverá um três com seis vagões a cada 133 segundos.
Toda a Linha 20 será subterrânea, com profundidades de 12 a 40 metros. Segundo calcula a companhia, que mantém a data de 2035 para entrega da obra e 2040 para o pleno funcionamento, haverá uma economia de R$ 3,5 bilhões ao ano no ecossistema, somando-se menos poluição pela redução de ônibus e carros, menor tempo de viagem em até 60% e mais confiabilidade e regularidade do transporte – o que impacta na qualidade de vida do usuário.
A Linha 20-Rosa será tocada com o prolongamento Oeste da Linha 2-Verde, passando na Capital por bairros como Pinheiros, Itaim, Jardins, Moema, São Judas e Cursino. O Metrô já concluiu o anteprojeto de engenharia e agora está contratando o projeto básico.
Texto e fotos: Malu Marcoccia
Última atualização: 01/02/2024